Vã(n)glória
«We’ve been attacked by the intelligent, educated segment of our culture». Reverendo Ray Mummert
«We face an aggressive secular attack*». Beato Tony Blair
Tony Blair, em refúgio nos Estados Unidos para evitar os protestos anunciados para o lançamento do seu livro de memórias, «A Journey», tem mostrado claramente que Tom Lehrer exagerou quando afirmou «a sátira política tornou-se obsoleta quando Henry Kissinger foi galardoado com o prémio Nobel».
De facto, como nos explica Paddy Briggs, Tony Blair é A sátira política: só pode ser sátira que o responsável político que, com G.W. Bush, pela guerra do Iraque, cujo legado está indelevelmente associado à guerra que continua a destruir o país, seja o enviado para a paz no Médio Oriente, assim como só pode ser sátira que o homem que vê o mundo a preto e branco, dividido em bons, os cristãos, e maus, os outros, tenha fundado a Faith Foundation que, supostamente, pretende promover «respeito e compreensão acerca das maiores religiões mundiais».
Mas uma das maiores sátiras talvez seja o homem que mais encorajou a segregação religiosa no seu país pretender agora unir pela fé os devotos de todas as crenças para combaterem os ateus - e no RU dois terços dos adolescentes são ateus e 59% acredita que a religião é uma influência negativa no mundo.
*O secularismo decadente e hedonista é a causa do terrorismo em nome de Deus explica Blair nos cursos «Religion and Secularism in a Global World» que espalha em Universidades do mundo inteiro, da Austrália á China.