Proh Pudor!
(clicando na imagem conseguem ver melhor esta "pérola" judicial)
O despacho a que alude a notícia referida pela Ana abaixo merece ser apreciado a seco, sem intermediação jornalística.
Acontece-nos a todos, penso, sentirmos vergonha alheia, neste caso senti-a e o facto de isto ser uma peça processual da justiça em Portugal torna tudo muito mais grave. Espero que o Conselho Superior da Magistratura faça o que lhe compete e, entretanto, faço minhas as dúvidas do Pedro Adão e Silva, "Para fazer face a compromissos financeiros assumidos, o senhor magistrado, que é juiz-presidente do Tribunal de Alenquer, vai dedicar menos tempo ao seu trabalho. Não se percebe bem qual é a ideia: será que vai aproveitar para fazer uns biscates por fora na economia paralela?" (economia paralela parece-me, de facto, a única possibilidade que o senhor tem para abandonar a miséria que o ameaça já que, como todos sabemos, o cargo de juiz implica, constitucionalmente, exclusividade). Tenha mas é juízo e vergonha, senhor juiz.
Adenda: Porfirio Silva escreveu sobre o mesmo tema e do texto dele realço esta mui pertinente observação "Mais especificamente, decidiu diminuir o seu horário de trabalho extraordinário em duas horas por dia. Não em 2011, quando entram em vigor as tais medidas, mas desde já. (É de bater as palmas ao espírito de iniciativa do meritíssimo, cônscio de que "quem sabe faz a hora, não espera acontecer"). E foi anunciando essa medida em despachos exarados nos processos tocados por sua mão diligente."


