Presumiu bem :) afinal só passaram 3 décadas, e muitos milhões de mortes, desde o aparecimento da SIDA. Esta espantosa admissão, ao fim de apenas 30 anos, de que os seus ensinamentos estavam errados e de que, apenas em alguns casos é certo, o preservativo pode ser usado como medida profiláctica é tão assombrosa que merece o nosso aplauso.
Esperemos que seja consequente e, por exemplo, a Igreja deixe de queimar preservativos em orgias de fé, os seus representantes deixem de dizer que são os preservativos que causam a SIDA e que permitam a sua distribuição aos infectados
afinal só passaram três décadas e os missionários em África estiveram sempre na primeira linha na distribuição de preservativos, na luta contra a sida... mas pronto: deve ser cristianovitimização.
Por quem sois Miguel, iria lá negar algo tão imprescíndivel á vivência cristã como um bocadinho de vitimização :)
Mas devo confessar que não esperava que para esse momento de glória fosse necessário o recurso a uma mentira tão descarada como pretender que a Igreja ou esteve na primeira linha da distribuição de preservativos em África. the mind reels com a enormidade. só consigo remeter para este comentário que por sua vez remete para um programa imprescíndivel, de que está disponível uma transcrição aqui, nos tempos que correm em que, pela amostra, a beatada jura todos a pés juntos que sempre foi política da Igreja recomendar o uso do preservativo como profilaxia da SIDA*
*algo que nem sequer é o que B16 diz agora, aliás fez questão de exemplificar em que casos os preservativos embora não sendo uma solução moral, podem ser tolerados. por exemplo para os prostitutos do sexo masculino, "com o intuito de reduzir o risco de infecção." este pode ser "um primeiro passo num movimento para uma forma diferente, uma maneira mais humana de viver a sexualidade."
E o exemplo dos prostitutos do sexo masculino, para quem a contracepção não é um problema, ao contrário dos casais em que um dos cônjuges está infectado, não é nem inocente nem casual.
não, mentira descarada é negar o contrário, Palmira: conheço muitos missionários que o fazem, longe do conforto das salas vaticanas ou do sofá lisboeta...
e daqui a minha fé - como a de milhões de cristãos - não se alimenta de vitimização alguma, mas cansa ler esse argumentário repetido ad nauseum, sobretudo por ateus, militantes ou não, para desviar os debates aos primeiros tropeções e coontradições. ou por acaso, detêm vocês a verdade?!
e lamento o post que escreves da vitimização: há cristãos mortos no Iraque por serem cristãos - e xiitas e sunitas e não crentes e o diabo a quatro! achar que os cristãos "inventam perseguições" (os mortos por serem cristãos também o acham) é um tiro que não esperava. ou ficava mal estar ali um elogio ao Papa, durante tantas horas?
E acho de uma desonestidade inacreditáve, que sinceramente não esperava de ti, dizer que eu digo que os cristãos "inventam perseguições"a propósito das barbáries, religiosamente inspiradas, no Iraque.