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Gago critica, as ordens zangam-se e Pedro Nunes remata à trave

Através do Público do passado fim de semana soube que Mariano Gago criticou «a tolerância do Parlamento relativamente à criação e funcionamento das ordens profissionais em Portugal”, dizendo que tal gera “um condicionamento do mercado de trabalho”».

 

Li declarações de duas ordens profissionais, a dos médicos e a dos engenheiros, não sei se houve outras. As reacção discordantes eram expectáveis, ao tom crítico de Mariano Gago respondem as ordens zangadas, mas não entendo o que quer Pedro Nunes dizer com “o país não vai longe se desvalorizarmos a qualidade dos profissionais e os portugueses não vão longe se, em vez de médicos a sério formados pelas universidades portuguesas, tivermos sucedâneos de formação rápida que permitem aos ministros apresentar estatísticas enquanto portugueses morrem nas urgências (os sublinhados são meus).

Gostava de perceber se  "em vez de médicos a sério formados pelas universidades portuguesas" significa que os médicos formados por universidades estrangeiras não são médicos a sério? Se sim, porquê?

 

Os "sucedâneos de formação rápida" a que o bastonário se refere são, de certeza, os futuros clínicos saídos dos dois novos cursos de medicina das universidades do Algarve e de Aveiro. Estranhos bichos somos nós que tanto medo temos da diferença e da novidade. Há 30 anos as desconfianças e os "mimos" equivalentes dirigiam-se aos alunos dos então recém abertos cursos de medicina da Universidade Nova de Lisboa e do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. Os factos falam por si, desafio quem quer que seja a provar a pior qualidade clínica, científica e académica dos médicos formados nessas instituições.

 

Onde está o aumento de mortes nas urgências, Dr. Pedro Nunes? Discutir políticas e contrariar ministros não pode passar por caluniar pessoas nem por declarações xenófobas. As palavras, e os seus significados, contam.

 

Ps: Aquando das anteriores eleições na Ordem dos Médicos escrevi isto. Estamos, neste momento, em plena eleição dos orgãos dirigentes da OM para o próximo triénio - a segunda volta da eleição do bastonário acontece em Janeiro -,  excelente altura para se voltar a propor, muito provavelmente em vão, uma discussão sobre a OM.

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