Um apontamentozito
Ao ler a "programação sos" prevista para hoje detive-me, perplexa, na "nota importante" que transcrevo: "Professores e pessoal não docente podem em alternativa não assumir os seus postos de trabalho, ficando com os alunos na rua. Na certeza porém, que isso lhes custará uma falta não justificada…..ou não, podem em alternativa apresentar posteriormente um atestado médico alegando impossibilidade laboral por motivos de ordem psicológica." (os sublinhados são meus). ah, valentes! Gente séria. Assim sendo, e quando tanto se fala de baixas fraudulentas, espero que haja a coragem política de averiguar estas eventuais situações e, já agora, a dignidade pessoal e de cidadania correspondente, quer da parte do "doente" quer da parte do médico certificador da "incapacidade", em assumir as consequências que daí resultem. Isto é grave, meus senhores, haja dignidade e vergonha.
Ps1: Desconheço o que são, em termos clínicos, "motivos de ordem psicológica" e faço notar que, do ponto de vista psiquiátrico, não existe qualquer patologia que justifique uma incapacidade para o desempenho da actividade laboral com a duração de um dia.
Ps2: Mais uma vez coisas da associação livre de ideias, desta vez a propósito de psis e de psique e assim. Fiquei mesmo curiosa, gostava de cruzar informação e saber o grau de sobreposição entre os pais que levaram os meninos mais os caixões para a rua e os pais que se abispinharam todos com a passagem do filme "pornográfico" sobre educação sexual na RTP2 aqui há uns tempos, só por curiosidade. É que isto do que é pornográfico e do que faz mal à pinha dos putos tem muito que se lhe diga.