Trotskismo parlamentar
Não é verdade que o Bloco de esquerda tenha apresentado um voto onde se solidarizava com os protestos pacíficos do povo egípcio e exigia o fim imediato da ditadura e de marcação de eleições livres. O que verdadeiramente aconteceu foi que o deputado Jorge Costa, que fez a intervenção em nome do Bloco, decidiu instrumentalizar a causa do povo egípcio para fazer guerrilha política contra o grupo parlamentar do PS. Por isso, e como disse Francisco Assis na sua intervenção, não está, nem nunca poderia estar em causa o apoio dos deputados do PS às aspirações democráticas do povo egípcio. O que é inaceitável é que um partido que resulta da fusão da UDP e o PSR tenha a ousadia de dar lições de democracia ao PS. Os Egípcios mereciam mais. E a democracia também.