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Medidas seriam mais leves se pedido tivesse sido feito mais cedo 2

Jürgen Kröger, representante da Comissão Europeia, diz que devíamos ter pedido ajuda mais cedo. Assumindo que ele tem razão, quando deveria ter surgido este pedido?

 

Primeira hipótese: Portugal devia ter pedido ajuda externa antes de apresentar o PEC IV, a ajuda externa era inevitável e só o governo português é que insistia em negar esta evidência. Esta hipótese é incongruente, porque, convém não esquecer, foi justamente a Comissão que encorajou o Governo a apresentar o PECIV e que o apoiou fortemente (juntamente com o BCE). Quem tiver dúvidas pode verificar as conclusões do Conselho Europeu de dia 11 de Março.

 

Segunda hipótese: Portugal devia ter pedido ajuda externa logo depois de chumbado o PEC. Também esta hipótese é incongruente, por duas razões: como a própria troika sublinhou, o acordo é essencialmente igual ao PEC, e só difere nas medidas chamadas estruturais; a) ora, se são estruturais, não se percebe como é que 14 dias podem mudar estruturalmente o que quer que seja; b) quanto às outras medidas, basta repetir que são essencialmente igual às do PEC, logo: terem passado 14 dias, segundo a própria troika, não mudou nada. Dito de outro modo: tudo o que de facto aconteceu entre o chumbo do PEC e o pedido de ajuda foi que a situação de Portugal nos mercados (e, em particular, a dos bancos portugueses) piorou de tal forma que a ajuda externa se tornou inevitável.

 

Terceira hipótese: Jürgen Kröger, apesar de ser representante da Comissão Europeia, não concorda com a posição que a instituição que representa assumiu em relação ao PECIV. Apesar de esta ter dito, juntamente com o BCE, que o PECIV era suficiente, Jürgen Kröger sempre soube que tal não era verdade: a ajuda externa não só era inevitável como até já vinha tarde. E foi assim que Portugal ficou a saber que um alto funcionário da Comissão acha que o governo português errou. Pergunta: desde quando é que a opinião pessoal de Jürgen Kröger passou a ser assunto?

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