proibido a menores de 33
O Governo está hoje a negociar com os sindicatos da função pública o novo Estatuto do Pessoal Dirigente da administração pública. Dele consta o famoso concurso que afinal não o é (ainda estamos para saber quanto vai custar, em tempo e em dinheiro, um concurso que acaba com uma decisão discricionária do ministro).
Hoje surge outra novidade na imprensa. Para acabar com as nomeações políticas de boys [convidar correspondentes da RTP parece ser uma coisa muito diferente desta] o Governo decidiu definir que ninguém pode ser Diretor-Geral a menos que seja licenciado há pelo menos 12 anos.
Além de, muito francamente, não perceber o que é que esta regra evita ou limita, tenho imensa curiosidade sobre o que pensará (por exemplo, haveria muitos outros) a Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, da nomeação da Dra. Assunção Cristas, em 2002, licenciada há 7 anos, para o cargo de diretora do Gabinete de Política Legislativa e Planeamento do Ministério da Justiça.
Não pretendo aqui apontar uma contradição - os últimos dias têm sido demasiado ricos e demasiado divertidos em contradições; mas antes assinalar que há pessoas sentadas no Conselho de Ministros que desvalorizam (ao ponto de impedir) as experiências de abertura da administração pública a pessoas com competência técnica e política que elas próprias também representaram. Talvez façam dessa experiência uma avaliação pouco positiva. É uma pena.