780 gramas de papel
A propósito deste post do Vasco, lembrei-me daquela vez que me dediquei obriguei a ler 780 gramas de papel escrito por José Rodrigues dos Santos. Na altura, e após a esforçada leitura, escrevi isto:
Ao longo de quinhentas e tal páginas, que me pareceram mais de mil, José Rodrigues dos Santos “escreveu” algo que, de tão inqualificável, merece um qualquer prémio. Ainda que se invente ad hominem, mas merece. Entre novas versões do giz a arranhar no quadro, como a repetição até à exaustão do termo “Puxa!”, assim mesmo e com ponto de exclamação e tudo, e a invenção de um tipo da CIA que utiliza, até à dor (do leitor), a expressão “Você é um fucking génio” (o tipo fala em inglês, o autor traduz, mas, vá-se lá saber porquê, o fodendo mantém-se na língua mãe), o autor presenteia-nos com mais uma memorável cena de sexo, desta vez entre o sempre Noronha e uma iraniana chamada Ariana (Iraniana, Ariana, que os gajos não são árabes - o tipo sabe-a toda). Porém, lamentavelmente (tirai-os da chuva), desta vez não há sopas com leite de gaja, que o ambiente não é propício, e, certamente “derivado” à carestia, esta iraniana não parece dá-lo. Mas não temais, que a compra vale a pena da contrapartida pecuniária: na mesma cena do salto para a cueca, há por lá sucos com fartura.

