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Se eu fosse uma arruaceira dir-lhe-ia onde meter a provocação e à bruta

(no Público de hoje)

Além de tudo o resto o senhor ou é imbecil (altíssimo grau de probabilidade) ou deve achar que somos todos imbecis. O Estados Unidos podem servir para umas quantas inspiraçoes mas para os cuidados materno-infantios têm é muito que aprender connosco.

(fonte: 0CDE, para dados dos os Estados Unidos ir aqui)

(fonte: wikipedia)

26 comentários

verao80 08.11.2011

Estes senhores precisam é de ter juízo, ou de dar uma voltinha pelos blocos de partos dos hospitais públicos (onde trabalhos de parto em torno das 12 horas são um clássico... 12 horas!... pois, não é o corpo deles que está a ver se dilata...). Alguém, em consciência, acha que há precipitação nas cesarianas efectuadas em hospitais públicos? O certo é que não são conhecidos processos por negligência por cesariana indevida...
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JP 08.11.2011

Ora muito bons dias!

Não sou profissional de saúde, mas confesso que sempre me fez confusão a moda das cesarianas. Ninguém me tira da cabeça que em muitos casos elas se fazem muito por conveniência do médico (são € certos, é uma cirurgia), dos pais (é marcar o dia certo, para não estragar as férias, etc), e raramente da criança (razões de saúde).

Aliás o artigo ilustra bem isto mesmo: [a taxa de cesarianas] "Nas unidades privadas, porém, é superior a 60%"

Percebo o que diz a Shyznogoud quanto ao muito que os EUA terão a aprender sobre cuidados materno-infantis com Portugal. Diria até, se fosse encartado na matéria, que terão muito a aprender sobre cuidados de saúde em geral, dado o que pude observar ao vivo e a cores do sistema de saúde dos EUA.

Ainda assim, gostava de ver na nossa classe médica outra abertura para explorar soluções alternativas que permitam baixar a taxa de cesarianas. Em vez de se indignarem com o economista e fixarem-se nos impropérios que gostariam de lhe mandar, que tal preocuparem-se mais em criar condições para reduzir os tais riscos do parto em casa? É que ao que sei não são só os EUA que promovem o parto em casa: em França, Holanda e outros países europeus (e com sistemas de saúde nada "americanizados"), fazem-se partos em casa e a opção é reconhecida como válida, não negada à partida como "muito arriscada".

Fui pai há pouco tempo e com a minha esposa ponderámos seriamente ter a criança em casa, visto que a gravidez decorreu sem problemas e tudo apontava para um parto normalíssimo. Depressa abandonámos a ideia face à intransigência dos médicos que consultámos - os quais, curiosamente, não tinham tantas reticências quanto a uma cesariana, que prontamente marcariam não fossemos nós a bater o pé. Então as cesarianas não têm riscos?

Não tenho nada que defender este senhor economista (!), mas se há uma coisa que é precisa neste país é pôr na ordem a classe médica, que faz o que bem lhe apraz, explorando a fragilidade e desconhecimento dos utentes do SNES, conforme lhe convém.
Shyznogud 08.11.2011

A questão - a haver questão e isso tb. não é completamente pacífico - é discutir o evetual excesso de cesarianas com argumentos sério, não com boutades absolutamete miseráveis e, cerejinha no bolo, invocando exemplos que são tudo menos exemplos a seguir.
João André 09.11.2011

De facto a Holanda promove os partos em casa (vivo na Holanda, por isso conheço a situação). Mas faz mais que isso: ultra-sons nos últimos 3 meses de gravidez não se fazem, a tensão arterial da mãe não é controlada de todo, todos os controlos são feitos por uma parteira, sem que a mulher fale com um médico após a consulta onde lhe é feita uma análise sanguínea (à 10 semanas, mais coisa menos coisa); após o parto no hospital e caso não haja complicações a mãe é enviada para casa com o recém-nascido após duas horas; etc;etc;etc.

Estes factores podem mudar um pouco caso haja factores de risco conhecidos previamente (mães com hipertensão ou malformações no útero ou coisas que tais (não sou médico, não as sei listar) mas mesmo assim só haverá acompanhamento cuidado se existir pressão por parte dos pais (e arriscam-se a que o seguro de saúde não pague novos sonogramas ou análises). O problema do sistema holandês é ser orientado para reduzir custos, não para melhorar o serviço à mulher grávida e ao bebé. Isto acaba por ter consequências.

Poderia contar verdadeiras histórias de terror que sucederam com amigos, seja em gravidez ou noutras circunstâncias com o seguro de saúde, mas tenho mais que fazer do que escrever e vocês têm mais que fazer do que as ler.
Shyznogud 09.11.2011

A Holanda, que há 2 décadas estava no pelotão da frente da mortalidade neonatal na Europa, foi ultrapassada por mtos países (apesar da mortalidade infantil ter continuado a diminuir, fê-lo a mto menor velocidade por aí). Dá q pensar, right?
João André 09.11.2011

Assim a olho... diria que sim. E curioso que tenha sido desde o momento em que começaram a desmantelar parte dos apoios sociais estatais e a transferi-los para os privados...

Maquiavel 08.11.2011

Comenta, por favor, o facto de nos privados a taxa de cesarianas ser 60%, ao invés dos 20% que a OMS considera normal.

Convencem as mulheres que a cesariana tem menos riscos, é mais rápida... com um bocado de jeito até dizem aos maridos que desse modo näo rasga a vagina.

Pois é, a cesariana é uma beleza, zaca zaca, tira tira, mete mete, cose cose, rua daqui apra fora. As dores depois têm-se em casa... ou na clínica privada, a 100€/noite! É uma festa!
Shyznogud 08.11.2011

Vide resposta que dei ao comentador JP

JP 08.11.2011

Minha senhora, absolutamente miserável é a prepotência de quem, aproveitando-se do desconhecimento e fragilidade das grávidas, faz cirurgias desnecessárias e depois \"lava daí as suas mãos\".

Já percebi que não lhe interessa falar disso, pois arruma para canto com \"boutades\" e prepotência. Hábitos difíceis de perder, é?

Diga lá se acha normal os 60% de cesarianas no privado. Diga lá se há razões médicas para tal.

Não lhe pergunto isto só por perguntar. Como disse não sou profissional de saúde e por isso gostava de perceber que graves problemas de saúde, que anormalidades estatísticas justificam esse número.

Ou prefere arrumar o assunto à cacetada?
Shyznogud 08.11.2011

Meu caro senhor, nos meus posts discuto aquilo q bem entendo, se quisesse - hoje, amanhã logo se vê - discutir cesarianas teria linkado o artigo do Público onde a questão é tratada de forma desenvolvida. Tal não foi a minha opção, o q aqui está em causa são, de facto, as boutades e os exemplos invocados pelo senhor em causa q tem responsabilidades acrescidas de não dizer disparates.
JP 08.11.2011

Não pense que me agrada a tese subjacente às declarações deste economista, por sinal muito preocupado em reduzir custos sem olhar a meios.

Mas entendo-lhe a provocação e acho que é merecida, aliás vê-se na sua reacção e na do excelso Luís Graça: só aceitam falar do que querem, nos termos que querem e não aceitam a menor crítica, porque afinal "nós é que sabemos".

Não é de arruaceiro, não, mas de quem tem uma grande cara de pau. Num caso e noutro, que se lixem os doentes.
Shyznogud 08.11.2011

É assim, meu caro, há poucas coisas q me agastem mais do q querem à força q eu fale de x ou y. Nesse caso nem deixo a conversa fluir, podia, caso contrário, chegar lá, mas assim não há a menor pachorra. Ah! e parturientes não são doentes (esta é de borla q estou simpática).
JP 08.11.2011

Clap Clap, muitos parabéns, se a faz feliz chamar-me ignorante, maravilha. Já agora peço-lhe que continue a esplanar toda a sua sabedoria e diga-me: se não são doentes, então para quê as cirurgias (cesarianas)?

Ridícula a sua reacção, ofende-se com o estilo da prosa do sr economista, mas depois amua quando lhe falam do, pasme-se, tema da notícia que aqui coloca. Haja paciência, que eu também não a tenho para quem desconversa. Passe bem.
Shyznogud 08.11.2011

ó meu caro senhor, há inúmeros actos médicos q não são aplicados porq alguém está doente. Exemplo mais óbvio: a vacina. E, pronto, já marcou a sua posição, eu fiz o mm, hasta.
Ana Matos Pires 08.11.2011

Mas mesmo no domínio das cirurgias tens, por exemplo, algumas cirurgias estéticas. Ou a biópsia de um sinal que se conclui ser benigno, p ex. Isto para já não falar das curetagens.
Ana Matos Pires 08.11.2011

Ps: o tratamento por "tu" é pr a Shyz. claro.
Ana Matos Pires 08.11.2011

"se não são doentes, então para quê as cirurgias (cesarianas)?" calhando pr não ficarem.
JP 08.11.2011

Em 60% dos partos? Haverá muito boas razões para fazer as benditas cesarianas, mas...60% dos partos?

Eu se fosse médico ficava preocupado com tanta complicação na gravidez: agora para nascer só de bisturi, querem ver que é uma mutação da espécie? 60% dos partos?

A desconversa só dá azo a que se mantenham as impressões, que expressei acima, de que se fazem sobretudo por capricho dos pais e lucro dos médicos.
Ana Matos Pires 09.11.2011

E você a dar-lhe, homem, qual foi a parte de "Meu caro senhor, nos meus posts discuto aquilo q bem entendo, se quisesse - hoje, amanhã logo se vê - discutir cesarianas teria linkado o artigo do Público onde a questão é tratada de forma desenvolvida. Tal não foi a minha opção, o q aqui está em causa são, de facto, as boutades e os exemplos invocados pelo senhor em causa q tem responsabilidades acrescidas de não dizer disparates." que não percebeu?

Ps: Vá, mais uma borla, nas episiotomias também se usam bisturis

Sem palas 09.11.2011

É incrivel como há gente que não consegue perceber que o que está em causa no post não é a questão da cesariana ( embora fosse questão para muito pano para mangas ) mas sim a calinada de um suposto especialista que grassa a mais estupida ignorancia sobre um assunto que tinha a obrigação de conhecer a fundo.
Mas isto sou eu que aprendi a lêr e a interpretar textos na escola...
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