como sempre
com muita graça e bastante no alvo. o plúvio.
(embora eu tenha uns dentes óptimos, fantásticos, até, um cabelo bem melhor que o do christopher -- embora não adivinhe como irá ficar aos sessenta, aliás melhor nem pensar nisso -- e a voz não, aqui muito infelizmente, porque ficaria decerto bem melhor, arranhada pelo álcool e cigarros e, já agora, não alcance os níveis de vaidade do meu tão amado entre outras coisas em que não lhe chego aos calcanhares).
quanto à nota. sim, não falámos aqui da bárbara morte dessa mulher. e se não posso atestar pelos outros, sei porque não o fiz: porque já o fiz tantas tantas vezes; porque não sei que mais diga e escreva e pense e sinta sobre coisas como essa, mesmo se amanhã ou depois ou depois voltarei a saber, com certeza; porque desta vez, pelas razões pelas quais isso de vez em quando sucede, não quis saber mais, nem pensar mais, nem sentir mais.
e isso, claro, não tem perdão -- porque quer dizer que se podem fazer coisas dessas sem que sinta a obrigação de dizer que não se podem fazer, sem que queira que toda a gente saiba e sinta que não pode acontecer e que todos, se valemos alguma coisa e para alguma coisa, devíamos querer estar na frente de batalha contra isso -- com as nossas espadas nuas.
isto quer dizer, plúvio, que tens razão. e que mesmo sem saber nada de amina bent abdelhalim nassar sei que o que lhe sucedeu é monstruoso e sucedeu também e sobretudo por ser mulher, e que lhe deviamos pelo menos isso, escrever o nome dela, ter raiva por ela, odiar por ela. chorar por ela, talvez. quem sabe se alguém o fez.
(e metempsicose é do caraças)

