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"A vaidade de Manuel Maria Carrilho: um recurso natural esbanjado
" por Vasco Barreto

Segundo o Expresso desta semana, no ano parlamento de 2007-2008 o deputado Manuel Maria Carrilho Carrilho não fez uma única intervenção na assembleia, não teve uma única iniciativa, um único requerimento, um único relatório. Em resumo, a ter feito alguma coisa foi figura de corpo presente. Recordo que na sua fase como autarca, que terminou em Janeiro de 2007, Carrilho não primou pela assiduidade na câmara. Esta preguiça autárquica e parlamentar de Carrilho seria quase estimável, pela coerência, caso o deputado não tivesse justificado a desistência da actividade de autarca com os trabalhos no Parlamento. É possível que Carrilho tenha passado este ano a escrever antecipadamente o livro em que explica por que motivos nesse mesmo ano foi um deputado sem actividade - e ninguém duvida que ele contornaria a circularidade do argumento com brilhantismo. A causa última, porém, é mais complexa. Apoiei este homem na campanha para câmara de Lisboa porque me parecia que acoplar a vaidade de Carrilho à cidade seria bom para os lisboetas. Perdida essa batalha, o ex-ministro da cultura nunca mais recuperou e a minha tese vinga: a vaidade de Carrilho é uma força poderosíssima. O problema é que a vaidade tanto incita à produção como condena à prostração, tudo depende do contexto. Mas também aqui se vê como Portugal esbanja os seus recursos naturais. Ao desaproveitar a imensa vaidade de Carrilho, dando-lhe tarefas que ele tem por menores, já não se corre o risco de lhe pagar uma pensão vitalícia, mas ainda se vai pagando um ordenado inútil. Não é caso único, mas uns irritam mais do que outros. Para quando a redução do número de deputados?

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