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Manifesto Encalhado V

Na segunda-feira o manifesto quase foi desencalhado com a ajuda da RTP

O Prós e Contras sobre energia foi uma encenação onde a parcialidade de Fátima Campos Ferreira quase apagou a gravidade do seu desconhecimento sobre o tema (como jornalista não se espera um conhecimento técnico aprofundado, mas espera-se que estude os dossiers e sobretudo que não tolere atitudes demagógicas de quem procura incendiar assistências recorrendo a argumentos simplistas).

 

A forma como o programa se iniciou, com o testemunho da DECO a preparar o terreno para 10 minutos iniciais e sem interrupções de que beneficiou Mira Amaral (um privilégio face aos outros convidados), foi um prenúncio do que se iria passar em seguida. A tolerância às aldrabices demagógicas de uma das fações, pontuada a espaços pelo apoio estridente da moderadora, foram o corolário de um debate inquinado à nascença.

 

Os representantes do Manifesto procuraram cavalgar o natural descontentamento de uma população esmagada por políticas de austeridade iníquas, promovidas por líderes europeus insensíveis à realidade da classe média e animados por um preocupante espírito de cruzada económica. A isto juntaram um discurso profundamente cínico que tentou ridicularizar e simplificar um tema complexo, um desrespeito aos telespectadores que assistiam ao programa.

 

Verdadeiro objetivo revelado ao cair do pano

No entanto para enorme irritação de Mira Amaral (que desde Fukuhima se tentar distanciar do apoio reiterado que deu no passado à solução nuclear para Portugal) o seu colega Patrick Monteiro de Barros, quase no final do programa, não se conteve e revelou ao que vinha. Havia dúvidas?

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