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Ideologia, diz ele dela. Conversa de ir ao dito.

Diz desta vez o Pedro Picoito que me atiro aos estudos. Errado, discuto, ou tento discutir, com ele. Naturalmente que se podem apresentar bibliografias arcaicas, não se pode é fazer de conta que não há uma realidade em mudança, com estudos muito mais actualizados. Se o Pedro Picoito quiser fazer essa discussão be my guest.

 

Insisto, porque parece não querer ler, que o importante é a discussão dos efeitos da homoparentalidade sobre o desenvolvimento das crianças, mas essa conversa fica por fazer. Quando lhe pedia estudos comparativos entre casais homo e heterossexuais referia-me, naturalmente, a trabalhos que dissessem respeito ao assunto em discussão, mas isso moita. Mostre lá a instabilidade comparativa nos candidatos homo e heterossessuais à adopção e, de caminho, defina instabilidade relacional - será que uma relação emocionalmente branca ou mantida porque sim, com toda a agressividade expressa e/ou latente é uma relação estável? Estranho conceito de estabilidade.

 

Note-se que, de novo, em nenhum momento qualquer dos estudos que desta vez apresenta releva a importância do número absoluto de parceiros ao longo da vida de alguém no desempenho da sua parentalidade. Porque é que a minha qualidade materna haverá de ser pior que a de uma freira?

 

Quantos aos números apresentados por Paul Van de Ven et al, num estudo que, repito, não autoriza conclusões sobre promiscuidade, só me resta dizer que o Pedro Picoito, além de descontextualizar, se impressiona com pouco, e falo de berlaitadas com vivos.

 

No post seguinte Pedro Picoito atinge o clímax da conversa redonda, o que prova uma de duas coisas, ou ambas - ou já perdeu o fio à discussão ou optou por um solilóquio. O mesmo sujeito que começou por falar de ciência, de estudos científicos e de generalizações vem agora falar de senso comum, de discussão extra académica e de não aplicação das ofensas iniciais a todo um grupo. Para esse peditório não dou por desinteresse e absoluta falta de pachorra. O assunto merece-me demasiada consideração, é que só por acaso falamos da vida e da felicidade de pessoas.

 

Adenda: Vou colocar aqui um lembrete para uso próprio, desculpem lá. Não esquecer que a discussão é com alguém que escreve o seguinte "De qualquer modo, sublinho que orientação sexual é uma escolha e está relacionada com um estilo de vida. No caso dos LGBT, esse estilo de vida tende a ser promíscuo. Há excepções, mas são isso mesmo: excepções." by Pedro Picoito.

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