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E, de repente, os media portugueses viram a luz

Desde ontem tudo o que é jornal, tv ou rádio tem informações sobre os dramáticos índices de repetência e - ó meu deus - até se atrevem a levantar dúvidas sobre a eficácia da retenção. O melhor, contudo, estava guardado para hoje. Abro o Público e é-me impossível deixar de esboçar um sorriso irónico por ver este editorial no jornal que, lembremos (e quem tem boa memória lembra-se de certeza), nos últimos anos tem sido o grande propagador da conversa imbecil do "facilitismo" e "eduquês" e restantes cratices.

5 comentários

Niamey 11.04.2012

os media não vêem a luz, só a ligam para ler relatórios e reproduzi-los depressa.
este editorial, com mais ou menos chilreado, mais não faz do que reproduzi-lo, ao relatório. hoje poderia ser tb o do desemprego etc.
a ausência de sentido critico é total.
não é possível tê-lo sem tempo.
no caso de portugal, quando há tempo tb não há sentido critico.
não há nenhuma honrosa exceção nisto, nem vale a pena que eu tapo os ouvidos e digo Lálá muito alto.
se por acidente surgir uma crónica pertinente sobre educação, aprendizagem e alternativas à retenção, foi um acidente e não afeta ninguém.
os media portugueses são Indiferença.
gostei muito de ler o seu post de 2008 sobre o chumbo.
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Dias Santos 11.04.2012

É realmente extraordinário. Já só falta que o editorial tenha sido escrito pelo José Manuel Fernandes! O Público tem sido o ponta de lança de uma agenda profundamente (ia escrever estupidamente) conservadora na educação (até já há teses que analisaram isso) e foi, por isso, o principal ponto de oposição ao primeiro governo Sócrates, o único que, teve, até hoje, uma agenda verdadeiramente reformista na educação (e por isso teve tanta contestação das forças conservadoras quer à direita quer à esquerda). O Público, que se tenta mascarar de jornal sério, aliás, não hesitou sequer em conduzir campanhas de ataque pessoal aos membros da equipa de Lurdes Rodrigues (como aliás o fez com o próprio Sócrates). Pior mesmo do que os jornais assumidamente às ordens visíveis de interesses bem determinados só mesmo jornais como o Público. Não há nada pior do que os aldrabões que se querem fazer passar por sérios!!! É gente rasca que faz campanhas organizadas de ataques de carácter, mas que nem sequer tem a coragem de assumir a agenda que quer impingir. Não merece mesmo que lhe comprem o jornal.
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JgMenos 11.04.2012

"conversa imbecil do "facilitismo" e "eduquês" e restantes cratices."
À volta do "facilitismo" e do "eduquês" sempre é possível haver conversa imbecil, como em quase tudo.
Mas que são duas pragas a não esquecer convém ressalvar, com ou sem Crato.
jfmarques 12.04.2012

Eu só não consigo perceber como é que uma criatura destas (Nuno Crato) sem qualquer qualificação, um mero comentadorzeco de televisão tendencioso, chega a Ministro da Educação num país democrático, europeu e em pleno Século XXI.

Sem sombra de dúvidas Maria de Lurdes Rodrigues foi a melhor Ministra da Educação que Portugal já teve.

Pena tenho que o Sócrates não a tenha mantido para o segundo mandato.

Declaração de interesses: pertenço ao eleitorado flutuante que no passado elegeu Sócrates e, agora, estas criaturas mentirosas e repugnantes que temos no governo.

Anónimo 12.04.2012

A propósito ainda do relatório da OCDE importa não esquecer que Portugal é o país que nos teste PISA (realizado a alunos de 15 anos que deveriam frequentar o 10º ano de escolaridade) mais alunos tem a frequentar o 7º, 8º e 9º ano.

Apesar desta percentagem de alunos ter diminuído, graças aos esforços dos anteriores governos no combate ao insucesso escolar, ainda são muitos aqueles que ficam retidos vários anos no mesmo ano.

E quando comparados com os seus pares obtêm melhores resultados (ver estudo dos anteriores coordenadores do projecto PISA em Portugal em http://www.gave.min-edu.pt/np3content/?newsId=401&fileName=Apres_cpf_27_04.pdf (http://www.gave.min-edu.pt/np3content/?newsId=401&fileName=Apres_cpf_27_04.pdf)).

Ainda há um longo caminho a percorrer para atingirmos a média da OCDE a este nível.

Vamos esperar para ver o que nos dizem os resultados do PISA 2012!

E devemos exigir que todo o processo seja tornado público, incluindo a amostra, não vá esconder manipulação (como insinuou o sr ministro quando era comentador) como propõe com os dados dos exames para as estatísticas serem melhores!
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