ainda tou a esfregar os olhos
com esta, entre outras, parte do texto de hoje de francisco teixeira da mota, advogado do público, sobre o caso relvas/público, nomeadamente o que coloco a itálico:
'Sobre o facto de a pessoa com quem viveria a jornalista ser de um partido de oposição, considerei que a ameaça da revelação de tal factualidade não revestia qualquer carácter criminal. Independentemente de ser verdade ou mentira o que o ministro afirmara, isto é, de a jornalista viver só ou acompanhada e de o eventual companheiro ser ou não da oposição. Se fosse mentira, não era revelação de facto da vida privada, nem era ofensivo ou difamatório. Se fosse verdade, era irrelevante, mesmo que a intenção do ministro fosse a descredibilização da jornalista, numa lógica de que esta actuaria profissionalmente em função das crenças ideológicas do companheiro! Um pensamento bastante primário, temos de convir. sendo certo que a Direcção veio desmentir o ministro.
O facto de vivermos com alguém não é, em princípio, um facto privado, antes fazendo parte do domínio público, no sentido de ser, pelo menos, do conhecimento de quem nos conhece. Por outro lado, a proximidade ou a pertença a um qualquer partido político também não me parece ser algo de confidencial.'
o domínio público sendo portanto o de quem nos conhece, e a divulgação da nossa privacidade portanto uma coisa de somenos desde que meia dúzia de pessoas, em quem fizemos confiança, saibam dos seus detalhes. isto é mesmo deslumbrante.

