Era fruta a mais
Há uns dias Teresa Caeiro disse, sobre taxas moderadoras nas IVG's de repetição, «“É introduzir um elemento valorativo e de subjectividade que não faz sentido. Se uma pessoa partir uma perna está isenta. Se partir a perna outra vez deixa de estar? Parece-me um argumento que não colhe”, afirma ao i a deputada do CDS Teresa Caeiro. O CDS defende mesmo que aplicar taxas moderadoras às mulheres que fazem mais de um aborto “só teria sentido do ponto de vista moral”, mas “não é isso que está em causa” nesta discussão.». Escrevi aqui que, a bem da minha consciência e coerência, só podia estar de acordo. Eis a pirueta, a mesma Teresa Caeiro afirma agora que a proposta a apresentar pelo CDS sobre o mesmo tema excluirá as IVG realizadas por "perigo de vida para a mãe, mal formação do feto ou em caso de violação".
O ponto de vista moral passou a estar em causa e a colher, a critica à moralização da repetição foi substituída pela defesa da moralização da opção da mulher. Estamos conversados.