Estado paralelo, uma crónica e uma notícia
Quando abri o Diário de Notícias de hoje lembrei-me de imediato da crónica desta semana do Pedro Adão e Silva, da qual retirei o excerto que mostro na imagem acima (podem lê-la completa aqui). Na página 15 da versão impressa (até ao momento a notícia não está no online) fala-se de IPSS, os incumprimentos detetados nos jardins de infância da rede privada financiada pelo Estado são muitos e, segundo Emília Vilarinho (professora da Universidade do Minho e especialista em educação pré-escolar), generalizados.
Para título da notícia foi escolhido o facto de haver cobranças aos pais de horas que deviam ser gratuitas, com a integração em período letivo de atividades extracurriculares, o que contraria de forma flagrante a lei ((que impõe 5 horas de período letivo diário). É também referido na notícia a existência de jardins de infância que recusam a inscrição de crianças com necessidades educativas especias, entre outras ilegalidades.
A cereja em cima do bolo foi, devo dizer, ler esta frase «Para Carlos Andrade, da União das Misericórdias Portuguesas, estas irregularidades apontadas resultam do facto de “o Ministério da Educação e Ciência ( MEC) ser muito rígido”. ». Haver leis é mesmo uma chatice, bolas...
P.S. - No mesmo artigo, e isto devia ser tema de reflexão profunda porque é particularmente preocupante, refere-que que estas instituições, e cito, "ainda muito ligadas ao seu lado mais assistencialista e com função de guarda, devem agora ajudar as crianças para entrarem nos ciclos seguintes, mas não de uma forma meramente pré- escolarizante, alerta a especialista."