eles andem aí
Não há que enganar, é que andem mesmo. As campanhas de desinformação, os perfis falsos nas redes sociais, as estratégias de intoxicação planeadas e urdidas ao milímetro. Tudo para quê? Ora, que pergunta. Para perturbar a ordem social e obrigar a um segundo resgate? não. Para derrubar o governo e levar Portugal a sair do Euro e aderir à ASEAN? Nope. Para precipitar a chegada do Anticristo? Niet. Talvez para conseguir bilhetes para o Mundial 2014? Nem isso. Algo muito mais importante, prioritário e essencial: para denegrir o Colégio Militar, nem mais. É preciso não ter a mínima ideia do que é distinguir o fundamental do acessório para imaginar outra coisa. Se procurarmos bem, se puxarmos as pontas soltas do novelo, acabaremos por perceber que a crise mundial desencadeada em 2008, a bolha imobiliária americana, a falência do Lehman Brothers e a crise cipriota tiveram tudo a ver com o Colégio Militar, fizeram parte de uma estratégia montada para destruir esta instituição, por parte do tal "grupo que, para além de odiar e querer matar o Colégio, usa métodos repugnantes de acção". Quem pensar que os seus tentáculos se limitam ao ministro da Defesa e seus sequazes está muito enganado. A conspiração é global, total e mortal (e já me vão faltando adjetivos). Deve envolver a Maçonaria, a Trilateral, os Illuminati e Detritus, a Carbonária e os Templários. Quando for à Quinta da Regaleira hei-de procurar pistas, se alguém vir por aí o Dan Brown, perguntem-lhe o que pensa ele disto. Só ainda não consegui descobrir como é que o Sócrates estará envolvido. Mas deve estar, não duvido. Eu sempre suspeitei daquela demissão sem motivo algum. Fazia tudo parte da big picture. Finalmente, as motivações de tudo isto emergem, transparentes: denegrir o Colégio Militar, encerrar o Colégio Militar, destruir o Colégio Militar. Não sei como é que nunca ninguém deu por algo tão óbvio e transparente.