A responsabilidade cívica da imprensa
Vale a pena ler o artigo do Público que responde à pergunta:
Andrew Sullivan na Atlântico põe outra pergunta, que, lá como cá, faz muito sentido: se a abissal ignorância e óbvia falta de preparação da candidata foi muito cedo reconhecida pelos jornalistas que acompanharam a campanha republicana, não deveria ter sido sua obrigação cívica transmitir essa informação ao público em geral? Porque razão concordaram em participar na farsa durante dois meses e só agora trouxeram a verdade a público?
Uma candidata que não conseguia perceber que a África não é um país e que depois das explicações perguntou «ao staff da campanha de John McCain se a África do Sul era só uma região desse país» seria, como bem refere Sullivan, uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos se o ticket republicano tivesse ganho as eleições e no caso de algo acontecer a McCain. Se essa hipótese se tivesse concretizado, teria a imprensa norte-americana responsabilidades nas decisões certamente catastróficas tomadas por uma diva, por uma orgulhosa e total ignorante que faz birras quando contrariada nas suas ilusões grandiloquentes e se recusa a dar ouvidos a quem sabe?

