obama's puppy
curioso. creio que é a primeira vez que vejo obama hesitar num discurso ou ler um papel. a mudança de estatuto parece tê-lo tornado menos confiante. ou isso ou a falta de um teleponto. mas a imagem de sinceridade -- dos mais extraordinários assets do vitorioso de 4 de novembro -- não se perdeu.
claro que misturar, numa primeira comunicação, as medidas propostas para fazer face à crise económica, mais as relações como o irão (que enviou uma carta de felicitações à qual obama não revelou se respondera) e outros estados com os quais os eua têm relações difíceis, com a raça do cachorrinho que tenciona comprar para as filhas (que não pode, diz, porque uma delas tem alergia, ser um 'rafeiro' como ele) e a escola onde vão ser matriculadas é de um mau gosto inqualificável. mas tudo o que diz respeito à mistura obscena entre a vida privada e a vida política/pública na política americana costuma ser assim -- e é esta mistura que justifica cenas tão tristes como a do inquérito ao caso lewinsky. já o discurso de vitória, aliás, incluíra declarações de amor à mulher e às filhas e a promessa do cachorrinho. como se afinal fosse de uma monarquia e não de uma república que ele é o chefe e tudo não passasse de um conto infantil. give me a break, obama.

