Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres (II)

De uma vez por todas vamos lá ver se me faço entender: sou contra a violência em geral, ofende-me. Na dita 'violência em geral' está incluída a violência doméstica, toda ela, seja contra as mulheres, as crianças, os velhos e, naturalmente, os homens. Tal não exclui que, por diversas razões que me escuso a enumerar, tenha focado a minha atenção na violência contra as mulheres e, de modo muito particular, na violência doméstica exercida contra as mulheres. Fui clara? Posso continuar? Obrigada.
E porque nunca é demais relembro que a "Violência Doméstica assume a natureza de crime público, o que significa que o procedimento criminal não está dependente de queixa por parte da vítima, bastando uma denúncia ou o conhecimento do crime, para que o Ministério Público promova o processo. Enfim, uma tentativa de contribuir para que não seja possível continuarem a ler-se coisas deste tipo: "Apesar de não criarem problemas com a vizinhança, todos sabiam das agressões infligidas à mulher. "Os gritos e o barulho proveniente do apartamento davam conta disso", diz Fernanda Marques, que mora no apartamento mesmo por cima."
Já agora aproveito e dou conta de algumas iniciativas lançadas a pretexto do dia que hoje se assinala.
A APAV apresenta hoje uma nova campanha de sensibilização para a violência doméstica. O lançamento será feito no Museu da Electricidade, em Lisboa, através de um desfile de marcas que não se querem usar: nódoas negras e hematomas no corpo.
A "Não te prives", em colaboração com Instituto Potuguês da juventude, lança a campanha "Love Hurts", dirigida à "responsabilização colectiva e individual da violência no namoro".
A UMAR leva a cabo uma acção de rua, no Chiado, e tem em curso a petição "Eu Não Sou Cúmplice" que pode ser assinada aqui.

