Em passando a norma, estava aberto caminho para mais uma forma de precariedade laboral - 180 dias é meio ano e já se salivava com a expectativa, assevero. Como é claro, não podia vingar. Às vezes espanta-me a forma como se se entra em certos jogos - como que para perder de propósito. A não ser, se calhar é isso, que seja para compensar a absoluta e lamentável falta de oposição, à esquerda e à direita.
GL, No caso não é um mês, são mesmo 90 dias (artigo 107º do CT) e eram para ser aumentados para 180 - meio ano. Consegue imaginar as maravilhas que se fariam com tal norma?
Reduziria o risco do empregador e haveria mais empregos. Rogério, acho muito rígida a legislação laboral em Portugal. Tenho um ponto de vista diferente do seu, creio. Aqui será talvez o único país capitalista onde o melhor negócio é ser empregado, e não empregador. Só os tolos (eu incluído) abrem uma empresa em Portugal. Por cá, é muito melhor ser empregado.
"Reduziria o risco do empregador" é um belo eufemismo para aquilo que nós sabemos que se iria passar. Compreendo perfeitamente o que me diz, e concordo que a legislação laboral é demasiado rígida em Portugal, mas não este caso.
Em Portugal, não se houve falar em despedimentos, e sim em encerramento de empresas. Nunca aparece nas notícias que uma determinada empresa reduzirá os quadros em x pessoas. Para o fazer, os administradores não aparecem na empresa e fecham. Porque será?