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A verdade da patranha

“Neste caso da diz-que-é-uma-espécie-de-OCDE, a patranha é por demais evidente. Só não vê quem não quer (ou não pode)”, diz o Galamba. Também eu acho que Sócrates esteve muito mal ontem no Parlamento – aliás, nunca o vi tão mal. Concordo que a resposta a Paulo Rangel foi mesmo um empurrar com a barriga, para ver se se passava adiante o quanto antes. Coisa completamente diferente é acreditar que se tentou deliberadamente fazer passar como da OCDE um relatório de um grupo de peritos independentes. Sócrates foi claramente mal informado, não teve o cuidado de ler o relatório (bastariam as conclusões para desconfiar da fartura) e meteu-se em tal beco que francamente nem imagino qual seria o comportamento mais adequado.

Porém, só alguém que conhece o país via google earth, pode acreditar, de acreditar mesmo, que a questão à volta do relatório que afinal não era da OCDE se consubstanciou numa jogada propagandística do Governo. Se eu der um biberão de água ao meu filho dizendo-lhe que é leite logo levo com um merecido berro de indignação. E já nem o faço, porque sei que o tipo não é parvo. Mas será que alguém com os cinco alqueires bem medidos tentaria deliberadamente fazer passar como sendo da OCDE um relatório de um grupo de independentes? Antevendo, e Sócrates não é parvo, que a primeira pessoa que lesse mesmo o relatório logo o desmentiria? Como é óbvio tratou-se de um erro, e grosseiro, um erro que até pode ter consequência políticas, porque revelou alguma negligência no tratamento de uma questão importante. Mas daí ao acto premeditado vai uma grande diferença. A diferença entre negligência e dolo.

De resto, e agora em sintonia, até acho que esse erro pode advir de alguma arrogância, sim, e que se exige um retocar de estilo. Mas patranha, patranha de peta, patranha de mentira? Tem dó.

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