Um filme contra o obscurantismo, a dor e os fundamentalismos neste país
O filme “Camino”, que gira em torno da morte de uma criança cuja família pertence à Opus Dei, arrebatou ontem à noite seis Goya, os mais importantes galardões do cinema espanhol.
O filme estava nomeado em sete categorias e acabou por conquistar seis estatuetas: melhor filme, melhor realizador (Javier Fesser), melhor actriz (Carmen Elías), melhor actriz revelação (Nerea Camacho), melhor actor secundário (Jordi Dauder) e melhor guião.
“Camino” foi uma homenagem pessoal de Javier Fesser a uma menina de 13 anos chamada Alexia González-Barros e conta a maneira como a Opus Dei manipula a sua doença e a transforma num sacrifício que se deve oferecer a Deus.
O realizador disse que a sua história era uma “procura da verdade” que, durante o seu curso, deu de caras com “dezenas de testemunhos de gente maravilhosa presa injustamente numa instituição chamada Opus Dei".
“É um filme contra o obscurantismo, a dor e os fundamentalismos neste país”, comentou ainda o actor Jordi Dauder.