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"La eurodiputada danesa Hanne Dahl ha logrado compaginar su trabajo en el Parlamento Europeo en Estrasburgo..."

"... con su papel como madre y ha asistido a la sesión de votación celebrada este jueves con su bebé." (via País Relativo)

30 comentários

Luís Lavoura 28.03.2009

Olha que espanto. Eu também já vi numa loja chinesa um bebé deitado sobre o balcão, enquanto a sua mãe atendia os clientes.

Aliás os bebés portam-se sempre muito melhor quando estão no meio de muita gente e com algum ruído de vozes em fundo. É espantoso, mas é um facto.
j 28.03.2009

Este, pelo menos, ainda não deverá saber mandar os colegas para o caralho.
Espero é que certas companhias não o ajudem a aprender precocemente.
mónica 28.03.2009

tem um patrão fixe :DDDD
Ana Matos Pires 29.03.2009

Foi, Luís Lavoura? Que pena não ter fotografado.

Nini 28.03.2009

Boa, está aberto o caminho para as mães portuguesas levarem os filhos paras as fábricas e para os tribunais ... para não falar para nas funcionárias da Servilimpe e afins, poupem-me!
Ana Matos Pires 29.03.2009

E quer ser poupada(o) exactamente a...?
Nini 29.03.2009

A demagogias, só isso. (imagino-me mãe prof . e levar o rebento para as aulas; mãe nas forças de segurança, e levar o rebento para a esquadra; e por aí fora ... e a meio ter de interromper o trabalho para lhe dar de mamar, mudar a fralda ... e inerentes). Será que no Parlamento Europeu não há infantário?
Ana Matos Pires 29.03.2009

Não percebo onde está a demagogia, Nini, qualquer mãe das que refere pode, por qualquer razão, necessitar, pontualmente, de levar a sua criança para cada um dos locais de trabalho que aponta e eu gostava de acreditar que o pode fazer.
mónica 29.03.2009

Credo a menina é mesmo tantan, a Nini já explicou tudo LOL
Ana Matos Pires 29.03.2009

Nem imagina quanto, Mónica.
mónica 31.03.2009

pois é pena, a menina deve ser muito novinha para saber o que quer dizer tantan , peço desculpa pela minha arrogância demodê
também presumo que a menina não deve ser dona de nenhuma empresa, empresária, gestora ou como queira chamar às pessoas que querem tirar lucro do trabalho dos outros (isto sem qualquer preconceito! estamos numa sociedade capitalista). imagine como seria se todas as mães (ou pais, ou madrinhas ou tios, não importa, encarregado de educação pronto!) levassem os "filhos" para o trabalho. imagine uma loja no centro comercial, caixa do hipermercado, funcionária de câmara, varredor, motorista de pesados, enfim o nosso presidente da republica, levar a criança para o local de trabalho, para a fábrica, para a pedreira, para a obra, para o shoping , para o gabinete de projectos...

Não me parece boa ideia, se é que se pode dizer que tenho boas ideias, se é que posso expressar a minha opinião, se é que se pode ser contra a posição da eurodeputada, se é que é preciso explicar tudo tim tim por tim tim

Gostaria ainda de dizer que na minha opinião ter atitudes radicais como a da eurodeputada é um luxo, é uma sorte (ou seja, qualquer semelhança com uma vulgar trabalhadora é pura coincidência)

Gostaria tb de dizer que (para que não se diga que generalizo demais, vou personalizar) não gostaria de levar os meus filhos para o meu trabalho, mas gostaria de puder dizer-lhes que se precisassem de alguma coisa fossem lá ter comigo, mas eles sabem que em situações importantes fico em casa com eles (uma doença, uma ida ao médico) e que infelizmente tenho um horário (de vulgar trabalhadora em empresa privada) que não me permite ir às audições de música, festas da escola e falo com a directora de turma pelo telefone.

em resumo, tenhamos bom senso.

ahhh o cor-de-rosa do casaquinho não combina com o grená das calças (estas combinam com a cor do cabelo da mãe), de facto a criança é muito fofinha, amorosa e foi apanhada numa expressão facial muito engraçada (uma mistura de intimidada com curiosa), apetece pegar nela ao colo, dar-lhe beijinhos, esquecer o trabalho! A mãe com uma mão preparada para amparar o bebé (n vá dar-lhe uma guinada e rebolar!) e a outra em posição de acção representa a mãe trabalhadora, metade de si é profissional e metade é maternal e consegue conciliar as duas coisas (sei lá se é às metades!). O fotografo está de parabéns!

acho que atingiu o objectivo: ser comentada!!!
Ana Matos Pires 01.04.2009

Tudo um bocadinho ao lado, Mónica, basicamente discordamos.
Nini 01.04.2009

Mónica

Tirou-me as escrita dos dedos ..... é o que penso, na realidade aquilo é encenação que faz doer a realidade

Alcides 29.03.2009

Será que o rebento já sabe ler? Deve ser uma ajuda preciosa para a mãezinha.
E o exemplo em questão é, afinal, o melhor dos exemplos. A Sra. até nem ganha o suficiente para ter o menino na creche, contratar uma ama, enfim, assim é que está bem.
Modernaça, como alguém dizia atrás. E o cúmulo da demagogia. Para além de altamente incomodativo se o puto desatar aos berros, claro.
Ana Matos Pires 30.03.2009

Tudo terrífico, de facto.

catarina 30.03.2009

Às vezes exteriorizar a irritação é um imperativo."Tantan", mónica, é apenas a fonética francesa de tintim e tenho a certeza que era isso que a mónica queria dizer, não sei bem porquê, porque é que o repórter do hergé é para aqui chamado.
Às vezes é preciso exteriorizar a irritação de ler estes comentários precisamente vindos de mulheres.
É bom que em caso de necessidade a mãe possa levar o bebé para o trabalho mas a deputada está a mostrar e a dar o exemplo de que a conciliação das duas coisas é dificil, que há mães que ainda perdem os seus empregos, que ainda são penalizadas depois de uma licença de parto e no regresso dela.Que há mães que nem sequer a gozam para não serem despedidas ou para não perderem um cargo em que facilmente podem ser substituídas.Sim, há o tribunal de trabalho que até responde com alguma eficácia mas ainda não há muitas mães que se atrevam a fazer essa queixa porque pode significar uma perda laboral ou um qualquer tipo de represália a longo prazo e vinda não se sabe muito bem de onde.E isto nas empresas mais "insuspeitas".Aquelas que recusam prémios de produtividade a mulheres que estiveram de licença de parto.Sim, elas até se podem queixar mas tenho visto algumas que quase desesperam de cansaço com a queixa ficando sem energia para demonstrar a sua produtividade.E não numa empresa qualquer com o patrão mauzão.É, como disse, nas que parecem mais "insuspeitas".É uma coisa sorrateira.
Também há mães que resolvem não gozar a licença de parto e logo cai o carmo e a trindade porque ela fez o que muito bem lhe apeteceu e ainda bem porque não é numa licença de parto ou mesmo numa amamentação que consiste o amor maternal.
A mulher, por enquanto, é sempre penalizada duas vezes:ou porque está ausente do trabalho numa licença de maternidade ou porque não quis gozá-la e é acusada de negligência.O insuportável é que normalmente as primeiras vozes que se levantam para a condenar são as de algumas mulheres.Talvez mulheres que não conseguem sair de si próprias e olhar em volta ou aquelas que nem sequer têm a noção da própria condição feminina e da necessidade de a libertar, à condição.
Suspeito que o desconforto aqui sentido com a fotografia é,não só, a criança no parlamento mas sobretudo "o que raio é que aquela mãe está ali a fazer quando deviar estar em casa a mudar fraldas".Que infelicidade de pensamento.
Envio daqui as minhas saudações à deputada e tantan é o seu cão mónica para não dizer uma coisa pior.
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Nini 30.03.2009

Catarina, tudo o que acabou de escrever. aprendi eu durante 38 anos de trabalho activo, ao vivo e a cores , numa grande empresa. Fui mãe e passei por cima de 2h diárias de licença para aleitação. Não faltava e esporadicamente levava a cria para o local de trabalho, tinha (sortuda) apoio de retaguarda. Mas um ano, ao ser avaliada, por uma mulher, deram-me um C (letra antes de avaliação negativa). Insurgi-me ... não faltei durante o ano, porquê um C? resposta: Porque a assiduidade é a sua obrigação. Um C é a classificação normal.
Posso estar a divagar, mas garanto que a situação actual é bem pior do que naquela altura, e levar o rebento para o Parlamento Europeu é estar longe da realidade laboral actual, e não ter consciência do que muitas mulheres sofrem hoje em dia, não vou dizer que a deputada as está a gozar, longe disso, mas não é assim que as vai ajudar. Desculpem o desabafo. Provem-me que estou errada, agradeço.
TragédiaGeek 31.03.2009

O parlamento europeu não permite licenças de maternidade e de paternidade para os eurodeputados.

Hanne Dahl vai apresentar uma proposta para que os eurodeputados possam também ter direito a essa licença.
catarina 31.03.2009

Nini, a única maneira que tenho de provar que está errada é sugerir-lhe que volte a ler o seu comentário.
É precisamente o que a deputada está a querer dizer:isto é dificil e ainda há muito para fazer.
Nini 31.03.2009

Catarina
Reli, e só me ocorre, de momento: os pulhas que nos têm governado nos últimos anos, têm acabado com o pouco que conseguimos, e que foi muito, a seguir ao 25 de Abril e para grande revolta a maioria dos que estão a ser sacrificados, foram votantes assíduos deles.
Iremos ter que começar tudo de novo e não é com a imagem caricata de um Bébé na bancada de um qualquer parlamento, acho eu que sou básica.
catarina 01.04.2009

Nini, não sei exactamente quem são os pulhas a que se refere.Serão todos e mais alguns dos que nos governaram? Não sei.
A prova de que esta fotografia, post da Ana Matos Pires, não é uma imagem caricata é precisamente e por exemplo, o facto de ter provocado todos estes comentários.Seja de que maneira fôr, a imagem veio lembrar-nos do problema e por isso, torna-se desde já, numa imagem útil.
Lembrei-me também de um comentário acima que manifesta uma desilusão triste porque ninguém se lembra de dizer que o bebé é bonito.Obrigada pela lembrança porque o meu impulso vai para a mãe: é bonita, tem um perfil bonito que lhe é dado também pelo corte de cabelo.É uma mulher bonita.Vou desejar ao bebé que venha a ser parecido com a mãe.
Estou a lembrar-me também, que cada vez que nasce o bebé, lá se vai a mãe por água abaixo como se o bebé fosse um Deus e a mãe quase se desvanecesse, nem sempre felizmente.Pois o bebé será bonito pois sim, era uma das hipóteses a prever sendo filho de tão bonita mãe...atenção, Uma das.
Nini 01.04.2009

Claro que nem todos os que nos governam se governam, a irritação tomou conta de mim, hoje estou menos agressiva. Mas mantenho o que disse, a imagem de uma deputada a protestar é um insulto a todas as mães que não têm ainda o básico para dar aos seus filhos, que nem direito a emprego têm, nem o direito a protestar.
Ana Matos Pires 01.04.2009

Por essa lógica, Nini, não se pode protestar, ponto. Não entendo, nunca entendi, a hierarquização das razões para protestos e muito menos a sua incompatibilidade temporal.
catarina 01.04.2009

O que vale, Nini, é que vai dando para rir embora isso, neste caso, não seja o suficiente. Podíamos ficar aqui as duas ad eternum a dizer sempre a mesma coisa. A Nini fala dos problemas das mulheres e eu dos problemas das mulheres digo(só para não dizer falo). Parecemos uma música minimal repetitiva. Curioso é que quem acaba por justificar a importância da imagem da deputada é precisamente aquela que não lhe vê uso, a Nini. Quanto mais leio os seus comentários mais encantada fico com o acto da deputada. E as mães podem sempre protestar e protestam.Também não vamos fazer uma vitimização coitadinha das mães porque as mães são seres "perigosíssimos" quando se chateiam. Só que há ainda muitas "conquistas por concretizar" e há também um sentimento aborrecido de que o cumprimento de uma licença de parto é, não apenas um direito mas sobretudo um dever da mulher. Não é. A lei já vai dizendo outra coisa mas às vezes tenho a sensação de que a própria lei se baralha, nem sei.
Graças sobretudo a si, vejo-me agora perante a fotografia desta temporada e que sendo assim estarei, provavelmente, perante um bom post. Mas devo dizer-lhe que o nosso diálogo visto de fora deve ter o seu quê de caricato do género e agora sim:"mas o que estão duas repórteres do hergé ali a tagarelar em círculo há não sei quanto tempo?"
Se me dá licença, Nini, é mesmo o que parece ;)

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