Twingly top 10
Em Fevereiro, a jugular figurava, para o twingly, em 27º lugar no top 100 da bloga em língua portuguesa, em 10º entre os blogs escritos em Portugal. Três meses depois, «subimos» 11 lugares na tabela linguística e 5 na nacional. Obrigado a todos.
E para manter o lema com que a Ana nos apresentou, uma notícia fresquinha no meu mail :
Pela primeira vez, o Comitê Contra a Tortura das Nações Unidas abordou este mês o caso da penalização de toda forma de aborto em um país como medida que violenta direitos humanos fundamentais. Esse país é a Nicarágua. O Comitê, reunido em seu 42º período de sessões na cidade suíça de Genebra, pediu urgência ao Estado nicaraguense para reverter a reforma legal que em 2006 penalizou sem exceções o aborto voluntário, e cobrou flexibilidade, especialmente em casos de violação e incesto. Foi no dia 14 que o Comitê expressou "sua profunda preocupação pela proibição geral do aborto", contida em vários artigos do Código Penal reformado em 2006 e que entrou em vigência no ano passado.
O governo sandinista de Daniel Ortega ainda não reagiu sobre um pronunciamento que vincula a proibição do aborto terapêutico com a tortura. (...)
As organizações de mulheres coincidem em afirmar que os cálculos eleitorais levaram o político a acertar a proibição absoluta do aborto com a Igreja Católica e outras confissões cristãs. Analistas coincidem que o retorno ao poder do ex-guerrilheiro facilitou um pacto político-religioso com o cardeal Miguel Obando y Bravo, que agora preside uma comissão humanitária governamental, após ser aposentado pelo Vaticano como líder da Igreja Católica no país. Ortega governou a Nicarágua entre 1979 e 1990, primeiro como membro da junta criada pelos sandinistas para derrubar a ditadura da família Somoza e depois como presidente. Na época Obando y Bravo era um dos líderes opositores.
O Comitê encarregado de registrar e denunciar os atos de tortura humana, exortou o Estado da Nicarágua a reformar a lei e estabelecer o aborto em situações de emergência e quando decorrente de violência de gênero. "O Comitê pede urgência ao Estado Parte para que revise sua legislação em matéria de aborto, tal como recomendado pelo Conselho de Direitos Humanos, pelo Comitê para a Eliminação da Discriminação contra a Mulher e Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais", diz em seu informe. De concreto propôs ao país estudar "a possibilidade de prever exceções à proibição geral do aborto para os casos de aborto terapêutico e gravidez resultante de violação ou incesto", e dessa forma cumprir as diretrizes da Organização Mundial da Saúde.