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Sobre os investimentos públicos

And this is also a good time to engage in some serious infrastructure spending, which the country badly needs in any case. The usual argument against public works as economic stimulus is that they take too long: by the time you get around to repairing that bridge and upgrading that rail line, the slump is over and the stimulus isn’t needed. Well, that argument has no force now, since the chances that this slump will be over anytime soon are virtually nil. So let’s get those projects rolling.

 

Paul Krugman, num artigo publicado no NYT

 

Defender o investimento público não é o mesmo que dar carta branca a um governo para fazer o que lhe apetecer (i.e comprar as próximas eleições olhando apenas para o curto prazo). Mas, no caso de português, serve também para criticar a ideia de Ferreira Leita de que não há dinheiro para nada, e que  não se gasta o que não se tem. O problema não é o de haver ou não dinheiro, como gosta de dizer a líder do PSD, mas sobretudo a necessidade de realizar investimentos de forma responsável e transparente. A crise torna difícil manter a diabolização do Estado, mas ela não justifica automaticamente o seu aposto. Mais do que nunca importa descutir que Estado (e como). O último artigo de Campos e Cunha (Público de sexta feira) toca no centro da questão, quando diz que é imperioso definir os objectivos de investimento tendo em conta a sua rentabilidade futura. Isto parece óbvio —e devia ser. Mas se há tema em que este governo tem fahado é na justificação e racionalidade económica de alguns dos seus projectos. O TGV e o aeroporto até posso perceber, mas tenho mais dificuldade em entender a necessidade de mais auto-estradas. Dir-me-ão que são concessões e parcerias. Mas a questão não é quem paga; o que importa é perceber se esse dinheiro (venha de onde vier) não pode ser mais bem gasto noutra coisa qualquer. Por outro lado, a resposta do governo a esta crise não se pode resumir a ajudar as famílias e as pequenas e médias empresas a suportar a tempestade. É necessário uma visão de futuro, que clarifique aquilo que queremos para o país e qual o Papel do Estado nesse projecto. Ajudinhas de curto prazo são essenciais, mas o assistencialismo não chega. Se cahar não tenho estado atento, mas eu estranho que não se fale mais de política energética, novas tecnologias—que não o Magalhães—e coisas do género.

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