À imagem do FC Porto, e ao contrário do Arrastão, do Sporting e do Benfica, não vamos contratar ninguém de jeito. O empréstimo do Cristiano Vidal gorou-se (questões salariais) e o Fernando NV (dado como certo pelos media), invocando falta de tempo, manifestou-se indisponível
− vai passar o resto da época a convencer um homossexual a re(c)tratar-se (sem o (c) nem chega a ser desculpa, mas ok). Assim sendo, sem estes apanha-bolas
− e tendo em conta que o Leonildo M. Jorge não passou nos exames médicos −,
já comunicámos à CMVM que só contamos com o auxílio do Rafael Marques, jovem esperança do banco do jardim de S. Amaro. Resta-nos, pois, a liga, o que pode não ser mau, dependendo da perna.
PZ Myers no Pharyngula, escreve sobre um cartoonista austríaco, Manfred Deix, que abordou o acordão do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos que baniu os crucifixos das salas de aulas dos sistemas públicos de ensino. Deix caricatura possíveis formas de dar a volta ao acordão, uma das quais representa um crucifixo «multi-cultural», com crescentes, budas, a foice e o martelo e uma suástica. Este e o cartoon que se segue após o sinal, que especula sobre diferentes imagens de Deus, aparentemente iraram a ICAR austríaca que, pelo que o Google Translate me deixa perceber das notícias, processou (ou tentou processar) Deix por ultrajar a religião e por violar o National Socialist Prohibition Act (que proibe símbolos nazis). O Google Translate ainda dá os primeiros passos e as traduções dos artigos sobre o caso, em alemão e polaco, não me deixam perceber muito bem os contornos do que aconteceu mas, como no caso dos cartoons de Maomé ou do cartoon do António, parece que são as sátiras que levam os crentes aos arrobos mais paradoxais de indignação.
Acabei de descobrir o programa «That Mitchell and Webb Look» e, como sempre, rendi-me incondicionalmente ao humor britânico. Para além deste, o sketch que se segue, sobre o que aconteceria numas urgências médicas num hospital homeopateta, é de rir ás lágrimas.
No meio desta excitação toda sobre as interpretações alegóricas de um livro de narrativas mitológicas, esqueci de parabenizar a Terra que, de acordo com os muitos milhões que pelo mundo todo se insurgem com estas tresleituras blasfemas e acreditam piamente na literalidade da Bíblia, fez ontem exactamente 6012 anos!
Em inúmeros sites norte-americanos, BoingBoing e Pharyngula inclusive, comenta-se a proposta submetida ao procurador geral da Califórnia por John Marcotte, que pretende levar às últimas consequências a Prop 8. Isto é, se teve um acolhimento tão favorável, por supostamente proteger o casamento «tradicional», a proposta que baniu o casamento entre pessoas do mesmo sexo na Califórnia, Marcotte considera que, por maioria de razões, o seu «2010 California Marriage Protection Act», que pretende proibir o divórcio, deverá ganhar num «landslide».
Embora alguns tenham levado a sério a proposta, parece-me claro que se trata de uma brincadeira destinada a mostrar a hipocrisia dos apoiantes da Prop 8, tão mais claro depois de ter lido um dos artigos constantes no site Rescue Marriage, «Prop 8 supporter blasted for promoting traditional values — like spanking». Também ajudou uma pesquisa rápida que me devolveu a página do autor da proposta, a Bad Mouth, e em particular o artigo que lê:
«It’s gone past ridiculous and straight to the absurd. At this point, it appears your average public restroom has more gay Republicans in it than clean handtowels. The “holier-than-thou” party has spent an awful lot of time on their knees this past year, but they haven’t been doing a lot of praying.
I have no theories why this is the case, other than I think that being gay is the way God made some people and being conservative is a choice, and almost every Republican I’ve met thinks the opposite.»
Como é afirmado alhures, « I heartily approve of using the ballot box to smack down the bigots», ou antes, aprovo totalmente a recuperação da sátira para desmascarar a hipocrisa. Força, Marcotte!
Não, não é satírico. Isto é mesmo real e é o vídeo de campanha de Glenn Moon, cujas promessas eleitorais passam por pagar 1 dólar por ano, por vontade de Deus, aos funcionários da câmara. Se estes recusarem, isto é, «If city employee fails to submit self to holy will of God...we, city of Livonia, are commanded by God -- in name Jesus Christ -- to terminate employment». I kid you not!