No estranho português que lhe é caracteristico, o tal de Mascarenhas, em comentário a este post, diz o que lhe vai na alma: "Quanto a este comentário idiota, parece-me que o “Luis Moreira” é um heterónimo do tal de Rogério, que já se assinou também como Afixe em tempos e que, pura e simplesmente, não existe. Para que não restem dúvidas, não conheço Luis Moreira nenhum e por isso nunca lhe posso ter pedido desculpas, como anda por aí a inventar nas caixas de comentários. Tenho muito orgulho do meu trabalho enquanto jornalista do Independente. Se o “Moreira” é gente de verdade que contradiga com factos as insinuações e as difamações que por aí anda a espalhar. Vergonha é insultar anonimamente, como tem feito por interpostas pessoas."
Em tempos assinei como afixe, é certo, mas nunca neguei a ninguém a revelação da minha identidade - quando solicitada. Nunca assinei como Luis Moreira, como singelos dois dedos de testa bastam para afiançar. A régua lésbica que o paulus Paulo utiliza para me medir é, por certo, a mesma que utiliza para se aferir como pessoa. Fica a saudade e a certeza de que com este tipo de animuso novo jornal vai ser de referência.
Já agora: «algarviada» é uma bela palavra (vem de Algarve, não é?) - sem o significado de algaraviada, mas uma bela contribuição para o renovar da língua.
PS - este post é dedicado à minha querida amiga Esmeralda.
Na versão "Mário Soares", um idiota é um gajo cheio de ideias. Nestoutra versão um idiota é um muchacho (sinónimo bastardo de gajo sem espelho em casa) cheio de ideias idiotas.
Aqui entre nós, e perdoe-me o capo di tutti capi, quem quer que ele seja, que faz ronronar o Mascarenhas, estou-me positivamente a cagar para o PS e para seguidismos políticos - para mim, escrever num blogue, por mais que lhes custe perceber, é apenas isso: escrever num blogue. Não espero comendas ao fim do mês nem me posiciono para as próximas legislativas - a minha profissão será a mesma antes e depois, e o mesmo se aplica ao salário.
O 5 dias está mesmo muito melhor desde que nós saímos - no nosso tempo não se chegou a este grau de animação entre colegas de blog. Diz o inenarrável Carlos Vidal: "Por mim, ligo a F Moura 9 posts em cerca de 60. O homem escreve sobre mim 5 em 12 ou 13. Isto pode ser confirmado e é anormal. Que desapareça porra!". Há-de, queira Deus, valer o sábio conselho do omnipresente Nuno Almeida: "Carlos e Filipe, Acho que deviamos instituir a regra de não fazer posts sobre os outros elementos do blogue. Até agora não foi precisa, mas vocês estão a tornar isto incomportável.". Em falhando a omnipresença resta-nos confiar no omnisciente enciclopedista.
Filipe, em sério, a comparação saiu-lhe assim pró esquisita – tanto que nem sei bem por onde começar. Desde logo, uma mulher sozinha não pode ser um bando do que quer que seja. É como um gajo virar-se para uma mulher e atirar-lhe "sois boas todos os dias". Quanto muito a Fernanda poderia ser uma hiena que ri – aliás, até há uma marca de lacticínios com um nome parecido, mas acho que é vaca em vez de hiena, que as hienas são difíceis de mungir. Arranham.
A questão do bando, Filipe Filipe, a questão do bando também não foi feliz. Ainda que você tenha lido a crónica duas ou três vezes e a achado sempre diferente e escrita por pessoas diferentes, embora com o mesmo sentido, bando é mais de pardais à solta. Pode-se usar bando para hienas e outros animais sem asas? Pode sim senhor. Pode dizer-se que o Bloco de Esquerda é um bando de gente capaz? Não pode - mas aqui não por causa da questão da palavra bando (estas cenas do bloco é só para ir tirando a barriga de misérias, é que quando escrevia no 5dias, anda giro aquilo, não me deixavam dizer mal da coisa). Voltando à hiena fria (esta hiena está fria, troco já senhor), haverá nome mais apropriado quando queremos interpelar um bando desses belos cães do diabo? Há. E não lhe vou dizer qual é. Devia ter-se esforçado mais.
Outra coisa, e esta faz-me mesmo espécie, que raio leu você na crónica que lhe fez lembrar um bicho que come merda e fode uma vez por ano?
Agora, o que eu gostei na imagem, e gostei mesmo muito, é da sonoridade do título, que desde já proponho à f. para as suas crónicas de sexta: "A hiena que ri".
“é o que se conclui de tanta satisfação exibida”
Isso anda para aí uma confusão que valha-lhe Deus. Vamos ver, você diz que as hienas atacam em bando, e riem. E hiperliga (adoro esta palavra) para a crónica. E depois conclui: “é o que se conclui de tanta satisfação exibida” (?). Perdeu-se aqui alguma coisa? Que as hienas atacam utilizando a táctica do quadrado, que é o que eu proponho em vez de bando, toda a gente sabe. Que emitem uma sonoridade parecida com o riso, tudo bem também. Mas que isto seja a conclusão “de tanta satisfação exibida” não faz sentido. Você podia ter dito que as hienas riem depois de comer. Ou quando estão a atacar. Neste caso estava lá tudo. Elas comem, ou vão comer, e ficam contentes.
“Mas há mais. O Pacheco Pereira "tentou e falhou"? E depois? É proibido?”
Aqui não tenho nada a apontar. Faz-me lembrar a minha sobrinha – respondona, a miúda. Rita, estás a comer bolachas antes de jantar? E depois? É proibido? Giro. Naïf e muito giro.
“Ou este rancor vem de outro lado - por exemplo, o apoio que JPP deu ao Público na campanha contra Sócrates”
O Público deu apoio ao JPP na campanha contra Sócrates?, perdão, o JPP deu apoio ao Público na campanha contra Sócrates? Não sabia, julgava que aquilo tudo era só jornalismo. Está a dar-me uma novidade. Eu não tinha dado pela campanha nem pelo apoio. E pediram autorização ao Governo Civil?
“e a caução dada às teses de MFL sobre o casamento?”
Com esta sim, com esta você laçou as hienas todas. A Fernanda, você é do catano Filipe, a Fernanda escreve estas crónicas por causa da caução que o JPP deu às teses de MFL sobre o casamento.
E pronto, não tenho mais nada a dizer. Gostei muito deste bocadinho.
"Sinceramente, é ultrajante e uma vergonha que jornalistas tenham por sua iniciativa praticado censura. Sem motivo que não seja não terem apreciado certos comentários. Shame on you!" (Gabriel Silva)
"O Gabriel Silva usa no Blasfémias o termo “censurados” e eu devo dizer que só não o uso porque sei, por experiência pessoal, o que custa a um jornalista ver-se acusado de censor, mas compreendo a indignação ao ponto da solidariedade." (Paulo Querido)
O Filipe assevera que «Manoel de Oliveira é tão chato que nem sequer me consegue fazer dormir». Como resposta, e ao seu melhor estilo"em-menino-os meus-bonés-cheiravam-a-chamusco", o Luís Rainha afirma ter uma novidade para o Filipe sobre as ditas fitas: «os filmes dele não são chatos. Nem deixam de o ser.».
Nem vou comentar a sobranceria do "Imagina que tenho uma novidade para ti" (as trocas de comentários com o Vidal, que é da mesma escola, vacinaram-me), atento apenas no subsequente relambório sobre a arte (só o Vidal sabe ser mais divertido), através do qual ficamos a saber que nada é chato. Pobre Filipe, que apenas queria dizer que para ele os filmes do Oliveira são chatos. Não podes, Filipe, nem aquela maça está podre - sois «apenas criaturas separadas por diferenças irreconciliáveis». Tu e a maçã!
De tempos a tempos, aparece um Vidal na Blogosfera - às vezes é coisa para durar meia-dúzia de dias, outras dura anos. Por isso, por ser fã, não li, de C. Vidal, por mero acaso, o anúncio que dá causa a este post. Eu acompanho Vidal. Devoro Vidal (salvo seja) - no blog que em bom tempo o deu à luz da blogosfera e no blog que em boa hora Vidal escolheu para poisar nas horas vagas.
Dito isto, a vaca fria. É com um misto de tristeza e alegria que leio que o bom do Vidal vai mudar. Parece que o verdadeiro artista vai deixar de nos maravilhar com os seus arrazoados sobre o resto da humanidade ao melhor estiloJulesiano "and I will strike down upon thee with great vengeance and furious anger those who would attempt to poison and destroy my brothers. And you will know my name is the Lord when I lay my vengeance upon thee."
A partir de agora, garante, vai dedicar-se apenas ao que merece estudo e atenção. É pois com anseio que aguardo o primeiro post de Vidal sobre Vidal. Por um lado, sinto-me como de todas as vezes que o Santana Lopes abandona de vez a política, triste, porém, há que confessá-lo, nunca o Santana Lopes nos deixou com tão fecunda perspectiva - daí a alegria que me invade.
ADENDA: parece que o Vidal mudou de ideias e alterou o post. One man show, eu tinha avisado! E bem haja, Vidal, pela interactividade que proporcionou a este post.
Num post circunstanciado, avisado e muito bem documentado, ao melhor estilo “vocês sabem do que é que eu estou a falar”, a propósito dum artigo do semanário Sol que supostamente revela o “ranking dos juristas e sociedades de advogados que mais receberam do Estado” (não deixa de ser curiosa a dicotomia encontrada, juristas e sociedades de advogados – mas isso dava outro post), Tiago Mota Saraiva revela não ter encontrado surpresas no ranking das sociedades de advogados que mais receberam do Estado.
Já na categoria juristas, a análise revelou-se mais espinhosa para o escriba: "mas quem é o Dr. Paulo Otero? [o primeiro no ranking de juristas acima referido] Fui ao Google.". Em rigor, neste ponto eu devia ter parado de ler. Alguém que escreve o que quer que seja sobre um assunto, e o assunto aqui era o critério de escolha dos juristas pelo Estado, deve conhecer minimamente o tema que se propõe documentar. O escriba em questão, porém, teve que ir ao google para saber quem é Paulo Otero. Assaz revelador.
Urgia, essa é que é essa, justificar o título do post – "Bloco Central". Neste sentido, refere o arrazoador: "O Dr. Paulo Otero é catedrático da Faculdade de Direito de Lisboa, mas o primeiro registo do Google com o seu nome é uma notícia da Lusa." Que é como quem diz, Paulo Otero é catedrático, mas isso agora não interessa nada porque o primeiro registo do google justifica muito melhor os objectivos deste post.
O Efeito dos Raios Palin na blogosfera de direita nacional resultou num «circo mediático» em que Joaquins do Campo sortidos se desdobraram em ataques «lamentáveis e (profundamente) rídiculos» a todos os que se limitavam a apontar as abismais deficiências cognitivas da senhora. Na altura fiquei pasmada com a virulência dos ataques ad hominem que passaram, em relação a esta escriba em concreto, por defesas absolutamente iluminadas e iluminantes do ensino do criacionismo nas aulas de biologia e por lições de (pseudo) ciência.