A distância da memória, para memória
Tive oportunidade de relembrar, há pouco mais de dois meses, que em 2015 assinalou-se meio milénio sobre a chegada dos portugueses a Timor, e que esse facto (provável e deduzido, por não haver evidência segura de que tenha ocorrido realmente em 1515), que poderia constituir um importante momento de reflexão sobre a História, a memória e o relacionamento comum de Portugal e Timor, fora praticamente esquecido por cá, enquanto por lá o evocavam com pompa e circunstância e em simultâneo com os 40 anos de independência. Tive o prazer e a honra de ser convidado a dar o meu contributo para o evento, a bem da História partilhada de portugueses e timorenses, numa obra em versão trilingue (português, inglês e tétum) lançada na ocasião, em Díli, pela Fundação Mário Soares e pelo Arquivo & Museu da Resistência Timorense. A quem interessar, a Casa Comum acaba de disponibilizá-la online.