Disse-o ontem à tarde e repito-o aqui, num sítio que também é meu.
Neste momento particular da vida da Europa e de Portugal considero indispensável uma convergência das Esquerdas, é uma urgência. Nesse sentido, agradaram-me o apelo ao compromisso e a essa convergência feitos pelo LIVRE.
Nunca me senti suficientemente identificada para escolher a militância partidária, isso apesar de nunca me ter coibido de, publicamente, manifestar as minhas opções políticas e de, por exemplo, ter participado no apoio à candidatura de António Costa à Câmara Municipal de Lisboa.
Politicamente sou próxima da social democracia como é entendida na política europeia. Confesso que nunca tinha pensado numa candidatura a qualquer cargo electivo, mas porque o projecto LIVRE me mereceu uma atenção particular e não me exigiu aquilo que neste momento ainda não estou em condições de dar - uma militância partidária -, resolvi aceitar o desafio feito pelo LIVRE a todos os portugueses que se identificam com os seus princípios e participei nas eleições primárias. Aqui estou, em resultado da escolha livre, independente mas de camisola vestida.
Desde que me meti nesta aventura nunca me senti de modo nenhum pressionada. A prova disso, se necessária fosse, é o facto de ter sido a única de entre os primeiros seis candidatos da lista do LIVRE a assumir publicamente, ainda antes de serem conhecidos os resultados das primárias, que, caso fosse eleita para o Parlamento Europeu, integraria o grupo dos Socialistas Europeus.
Cada um de nós, candidatos do LIVRE, tem valências e interesses específicos, reforço que os meus são os temas relativos à igualdade de género, à violência doméstica, ao fim de todas as discriminações, às emigrações e às políticas de saúde. São estas as minhas áreas e às quais me dedicarei.
Gosto de desafios arriscados, gosto de estar junto de pessoas que acreditam que os impossíveis acontecem.