Esmiuçando a mudança de narrativa (parte 2)
Frases que são todo um "pugrama" ideológico. De facto o que está em causa não são preocupações com a saúde, tão pouco com o principio "seguro, legal e raro". Assumam-no.
Para abortar é preciso estar grávida. A alínea a) do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 113/2011, de 29 de Novembro, isenta as grávidas e parturientes do pagamento de taxas moderadoras. Portanto, impor o pagamento de taxa moderadora é criar um regime de excepção entre grávidas.
As taxas moderadoras são um "instrumento de controlo de uma utilização excessiva dos recursos, de sensibilização do utente para a escolha e adequação do serviço a utilizar e de valorização dos serviços prestados", escreveram os deputados da maioria. Que querem moderar exactamente? A ida a instituições autorizadas? Patetas.
O valor anunciado é o adequado para manipular a opinião pública - "vá lá, são só 7,75 euros" - em época pré-eleitoral e fazer esquecer o que de facto está na base desta proposta: moer e expor as mulheres que vão fazer uma IVG. Um meio perverso de identificar as cabras. Cobardes.
E o afã com que andam para formalizar coisa? Medrosos.
Sabem que mais? "lá lá lá não é? lá isso é".