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No dia em que se discute na Assembleia da República a criminalização da perseguição e do assédio sexual, nunca é demais relembrar esta reportagem da Fernanda (clicar na imagem).

30 comentários

Anónimo 24.09.2014

Eu acho que o melhor é proibir todo o tipo de humor ou picardia. Queremos um mundo perfeito sem lugar para a má criação. Por que não obrigar todo o cidadão a andar com um gravador ao pescoço onde ficariam gravadas todas as grosserias que dissesse? E até se podia lançar uma taxa por palavra dita o que ajudaria a colmatar o deficit. E por que não obrigar os cidadãos de países sem língua própria (Brasil, etc.) a pagarem uma taxa por cada palavra de português utilizada. Podia até o preço variar de palavra para palavra, criando-se uma lista de palavras caras. As palavras denotando falta de educação, sobretudo se dirigidas a mulheres, crianças ou deficientes seriam muito mais caras.
Que tal a ideia? Por que não um MInistério para a promoção da virtude e perseguição do Vício?
Abaixo os malcriados.
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Luís Lavoura 24.09.2014

Mais uma lei que será de difícil e ambígua aplicação. Sempre que um homem perseguir/galantear uma mulher, terá que lhe perguntar constantemente (ela poderá a qualquer momento mudar de opinião) "Achas que te estou a galantear ou que te estou a perseguir?". E deverá, na medida do possível, gravar a resposta, para posterior apresentação em tribunal, caso ela um dia decida que o que antes afirmava ser galanteio afinal foi perseguição.
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Niamey 24.09.2014

plos comentários, percebo que os criminosos piropeiros e perseguidores são todos homens. há de facto uma profunda desigualdade assediadora. a ver se a assembleia decide plo direito das mulheres a fazerem o mesmo.
joão viegas 24.09.2014

Na verdade, os homens são as verdadeiras vitimas, essa é que é essa. Não leu o que escreveu o Lavoura ?

http://www.portadosfundos.com.br/cantada/

Boas
Niamey 24.09.2014

tb não passam de uns bons desgraçados a forçarem-se a estas figuras para que não haja dúvidas. vidas miseráveis as de homens que só vêem "galanteio" numa direção. imagino-os sempre a chegar a casa e a puxarem plo vómito a ver se se libertam das convenções ao mesmo tempo que anseiam que "a mamã" que lhes mande um piropo e lhes faça uma festinha urgente na testa. tristes vidas. cansativas sobretudo.

Sara Monteiro 24.09.2014

Acrescento apenas como fator agravante que essas palavras/frases cabeludas (mt simpática e soft essa designação) são ouvidas pelas mulheres, raparigas, quase crianças. É nessa altura 13, 14, 15 anos, que as raparigas são mais assaltadas/violentadas/ agredidas verbalmente. Ouvem de tudo, mas tudo mesmo.
Anónimo 24.09.2014

Senhora D. Sara:
Não a conheço mas pela linguagem aposto que tem mais de 80 anos. Por isso a trato por D. Sara e não cara Sara. Respeito-a.
Niamey 24.09.2014

sim porque se tivesse 92 era o anónimo a papá-la como no Império dos Sentidos. fica um piropo em linguagem mais jovem. espero ser respeitada tb. não passa de um galanteio a um leão garanhola a stalkar "idosas", não vejo mal nenhum e é lisonjeador.
sara monteiro 24.09.2014

Comentário misterioso. A jugular tem seguro contra assédio?
Anónimo 24.09.2014

Sim, tem seguro e polícia de costumes.

Niamey 24.09.2014

Não vejo a hora de entrar na senilidade e ir para as portas das escolas básicas ou mesmo primárias sussurrar ao ouvido dos meninos de 12 anos que são papáveis e a babar-me ao mesmo tempo. Se os papás me vierem chatear, digo-lhes que era "um galanteio" ó Lavoura.? A ver se os meninos finalmente experimentam as mesmas delícias que as miúdas bem conhecem desde tenra idade. Já se sabe que os putos primeiro estranham mas no dia seguinte se sentem lisonjeados não é ó Lavoura? são alguns maricas não?! é um piropo qual é o mal?! (e os que têm muitos exemplos disto aplicado a meninos, esqueçam que não contam para estatística).
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sara Monteiro 24.09.2014

E não posso deixar de achar curioso o alvoroço de alguns homens. Embora "piropo" seja decididamente uma palavra muito mal escolhida e os homens não serem de longe nem de perto vítimas de tal calamidade,interrogo-me se esses homens que estão contra a criminalização não terão filhas. E se preferem sacrificar as filhas e a sua tranquilidade em nome da liberdade de expressão. A rua ainda não é de todos? Ou só apenas os homens são ainda os donos da terra? :-P
Anónimo 24.09.2014

Sacrifico tudo em nome da liberdade de expressão.
Sim a rua é de todos, esse é o meu ponto.
sara monteiro 24.09.2014

Mas que idiota. (e é a segunda vez que digo isto na net) Tenha um bom outono.
sara monteiro 24.09.2014

E não tem nome quem sacrifica tudo em nome da liberdade de expressão?
Niamey 24.09.2014

então como vê, o debate é urgente e vem com séculos de atraso. até agora a rua é só de alguns, os que mandam os piropos. Ou mandam todas ou não manda nenhum.
Há lares de idosos a precisarem de animação, avance ó garanhão! yah tem razão nesse seu ponto, tb defendo a liberdade de mandar sistematicamente estas bocas a tipos ousados que lutam pla liberdade de expressão, na Rua.
Ó Vó! vem ver isto e vamos descobrir a porta de casa do tipo para dizer que o amamos todos os dias de manhã, Vó! (as miúdas sortudas e de tenra idade são testemunhas desta delícia.vamos estender a delícia a todos e no meio da rua)
sara monteiro 25.09.2014

Oh neta/bisneta a minha bengala não está grande coisa, mas se não dá para uns passos ainda dá para umas cacetadas (com amor, claro!) Vamos lá!
Niamey 25.09.2014

Queridissima "avó" Sara, por favor faça ouvidos moucos a esta sua neta catarina (niamey) e lembre-se apenas dos nossos úteis e bonitos diálogos no "conversas com...fé" (espero não estar enganada. não me ligue nenhuma aos piropos. é uma experiência, por minha conta e risco, sobre "provar do mesmo veneno" e ainda assim sinto-me um docinho).
Venham de lá essas bengaladas...ou cacetadas doce Vó ;)
sara monteiro 25.09.2014

sério?????? ahahahah beijos, minha linda! :)
joão viegas 25.09.2014

Um "piropo", pelo menos aqueles que se trata de criminalizar (e a lei tem de ser precisa, como é obvio, ninguém contesta este ponto) exprime exactamente tantas ideias ou opiniões como as frases "vamos queimar uns pretos", "não falo com judeus" ou ainda "os paneleiros haviam de ser todos mortos". E' hoje pacifico que estas ultimas não têm lugar nas nossas ruas, precisamente porque "a rua é de todos".

Isto é basico. Quase tão basico como o anonimo.

Boas
Rui 25.09.2014

João Viegas, a questão aqui, é, precisamente, nem mais nem menos, saber que piropos devem ser criminalizados. Mais nada. Há-de convir que existirão poucos piropos que se possam igualar a "vamos queimar uns pretos"..., mas já não sei nada, pois já há aqui quem misture nisto o assédio sexual a crianças e então, mais valia também então igualar os piropos a ameaças de genocídio dos skins.
O João Viegas diz que a lei tem que ser precisa e eu concordo. Não pode dizer "o piropo é proibido", como é óbvio. A coisa tem que ser regulamentada. A boca "és boa comó milho" deve ser criminalizada? Se sim, qual a pena que propôem?
joão viegas 25.09.2014

Tal como os exemplos que dei, o piropo pode, e na minha opinião deve, ser criminalizado quando excede manifestamente a expressão de qualquer ideia, opinião ou crença para constituir uma pura agressão verbal, negando ostensivelmente a dignidade da vitima e procurando diminui-la, reduzindo-a um mero objecto. A escolha da sanção deve obedecer aos critérios habituais, que neste caso julgo apontarem para uma sanção relativamente leve, sem esquecer que a fragilidade da vitima, maxime se fôr uma criança, pode muito bem constituir uma agravante.

Posso perfeitamente conceber situações em que a expressão "és boa como o milho" satisfaz as condições acima.

Mais acho extraordinario ver como, tratando-se de uma medida incomodativa apenas para quem tem habitos machistas e boçais, se encontram logo incriveis minudências juridicas e como salta tudo de repente em defesa das liberdades.

Que eu saiba, o codigo penal pune a injuria (artigo 181), e não define taxativamente se se trata de chamar "cabrão", "filho da puta" ou se também cabe la "parvalhão". No entanto, não vi o meu amigo Rui manifestar-se contra este intoleravel atentado à liberdade de expressão e ao Estado de Direito.

Boas

Rui 25.09.2014

Não se importam de destrinçar, nesta discussão, entre crianças e adultos? Mas estão mesmo alguns comentadores a colocar aqui no mesmo plano o assédio a crianças à porta das escolas e os piropos a pessoas adultas, como se estivessemos no mesmo plano axiológico? Mas está tudo doido?
Niamey 25.09.2014

Que preciosismo... parte das mulheres que ouve os piropos, ouve-os desde os...9, 10, 11, 12. Há décadas que a condição de crescimento das raparigas é esta. Não me venha com rodeios e com "convenientes historietas pedófilas" que não é disso que se trata aqui agora. O piropo é o mesmo e cresce com elas. Aquém e além Lei.
A Rua é para andar livremente sem ter de ser agredido com frases vazias "és linda. amo-te. casa comigo" aos 9, 10 11, 12 proferidas por um desconhecidos, a qualquer momento e sempre que lhes apetece.
Caramba, imagine-se um miúdo a levar com isto todos os dias e agora imagine o mesmo em homem. E se achar que até é simpático ouvir isso....imagine um bocadinho mais.

Mike 25.09.2014

Mais um não assunto!
Devo dizer que tenho saudades do jugas de antigamente em que apareciam assuntos que dava gosto comentar e interagir.
Sou um daqueles milhares de pessoas que todos os dia enfrenta a rua e os transportes públicos e, devo dizer, não me lembro de ver alguém em litígio piropeiro. Desde que a discussão aqui foi retomada entrei em modo de caça ao piropo e, admirem-se, NADA.
Quanto à questão da legislação, criminalização, etc, Vejam o quadro: "Ó joia anda cá ao órives!"...sirenes..."o sôr tá detido"..."incorreu no ilícito do assédio verbal". Ridículo!! Isto entra no capítulo 'perseguição e assédio sexual'? aliás, faz é lembrar um filme cuja ação se passa no futuro em que existem máquinas para multar o vernáculo.
Qualquer cidadão que hoje se sinta ofendido na sua integridade moral ou física pode sempre apresentar queixa. é preciso mais?
Mesmo aqueles que seriam chamados a legislar sobre este assunto são dos principais prevaricadores. Basta ir assistir a uma sessão parlamentar para, aì sim, ouvir e assistir (de bancada) ao arremesso de piropos diversos.
Tenham dó. Preocupem-se antes em agir, uns furos acima, com políticas de educação, formação para a cidadania e ética.
joão viegas 25.09.2014

Mais um que dilapida os preciosos minutos de que dispõe para comentar este "não assunto" e deplorar que a assembleia de republica perca tempo com infantilidades, em vez de estar a tomar medidas para acabar ja com a fome no mundo.

Mas o raciocinio é lindo : olha, ja são três da tarde e eu ainda não falei com ninguém que tenha sofrido ofensas corporais hoje. Fiquei atento no autocarro e, vamos a ver, nem um pontapé, nem uma facada, nada. Para quê legislar então ? Não deviamos antes estar concentrados nas medidas preventivas na escola, e a escrever mais livros sobre ética ?

Boas
Mike 25.09.2014

Mais uma mente retorcida que não perde uma oportunidade para apedrejar a inteligência alheia e, justiça lhe seja feita, exímio em distorcer (para não dizer retorcer) a mensagem transmitida.

Na minha sargeta piropos configuram, quanto muito, ofensas verbais pelo visto, na sua são sinónimo de ofensas corporais, facadas, etc, e essas, infelizmente, acontecem todos os dias e são comentadas no autocarro.

Más
joão viegas 25.09.2014

Pois admitamos que v. esta de boa fé e que ouve mesmo, todos os dias, as pessoas que frequentam o seu autocarro referirem-se a ofensas corporais e a facadas que sofreram na sua carne na véspera, ou que viram sofrer ao vizinho, tant se me da. Agora pegue nestas descrições e compare com o catalogo de crimes que vêm contemplados no codigo penal.

Não se compara, pois não ?

E' o que digo : das duas uma, ou o legislador e o povo que o elege são estupidos, ou nunca andam de autocarro (nem de taxi alias).

Mistérios desta vida, onde ha quem se apaixone por piropos fantasmagoricos a ponto de tirar bons cidadãos do sério e distrai-los das suas epopeias diarias pelos autocarros e pelas sarjetas deste pais.

Boas

RC 26.09.2014

Isso quer dizer que da próxima vez que der aquela assobiadela marota à passagem da trintona solteirinha que mora na rua de baixo (e que ela até parece apreciar, a julgar pelo sorriso ) estou sujeito a apanhar dois anos de cadeia?
joão viegas 28.09.2014

Não. Quer dizer que v. não sabe ler. Devia aprender. Olhe que é util (ainda que não sirva muito para assobiar).

Boas

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