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o navio fantasma

Acaba de sair na imprensa mais uma notícia sobre o possível achamento da Flor de la Mar, o navio que Afonso de Albuquerque carregou com o saque de Malaca após a tomada da cidade, em 1511, e que naufragou pouco depois da partida. As histórias sobre as fabulosas riquezas que transportaria são já uma lenda. A notícia do Público diz coisas engraçadas: a mais flagrante é a identificação precipitada do que estará em vias de ser encontrado com aquela nau. Ora, sabe-se que o local de naufrágio, embora incerto, foi seguramente junto a Samatra (em Pasai ou em Aru). Mas o que é noticiado é que se trata da região de Semarang (e não "Seramang", como lá consta), na costa norte de Java. Não importa? Importa, e muito, é que Java fica a leste de Malaca; a Índia - para onde Albuquerque seguia - fica, caso ninguém tenha reparado, a oeste. A confirmar-se o achado, poderá ser um navio português, mas nunca o Flor de la Mar.

A segunda curiosidade é a referência ao tesouro. Fala-se de "60 toneladas de ouro". Isto é uma informação reproduzida por tudo o que é site de curiosidades e tesouros, mas a verdade, triste e incómoda, é que tal tesouro, muito provavelmente, não existe: não só a carga original seria certamente de valor muito inferior ao que diz a lenda, como se sabe que, após o naufrágio, parte substancial das riquezas deram à costa e foram de imediato tomadas pelas gentes da terra. Um conselho: é melhor continuarem à procura do tesouro dos Templários.

No livro, faço uma síntese da questão: pergunta 19, "Existe um tesouro da Flor de la Mar?"

(Na SIC falam do assunto, mais precisamente na Flor do Mar. Nada de espanholadas, pois então).

(Em stereo).

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