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O que explica o milagre do emprego é...o emprego público (II)

O anterior post sobre o emprego gerou alguma controvérsia. Alguns não comprenderam o argumento, e outros não quiseram compreendê-lo deliberadamente. Quando digo que o que "explica" o milagre do emprego é o emprego público, não quero com isto dizer que apenas tenha sido criado emprego nas areas de emprego público; claro que houve criação de emprego líquida, seja em variação homóloga, seja em cadeia, noutras áreas do setor privado: por exemplo, "comércio por grosso e retalho"; "atividades de informação e de comunicação"; "atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares".

O ponto fundamental é que, sem o emprego público, não teria havido criação de emprego total - em cadeia -, ou ela teria sido residual, em termos homólogos. Concretamente, sem a contribuição do setor O (Administração Pública, Defesa e Segurança Social Obrigatória), ninguém se atreveria a falar de "milagre do emprego", pela simples razão que sem este setor, o crescimento do emprego total teria sido negativo na variação em cadeia, e residual na variação homóloga (cerca de 5 mil empregos).

   

Esta estimativa da importância do setor público na criação de emprego é, aliás, conservadora. Nas categorias do INE, outros setores têm uma forte presença de emprego público ou para-público: o setor P (educação) e Q (Atividades da saúde humana e apoio social). Por exemplo, se excluirmos do emprego total, para além do setor O, também o setor Q - que cresceu 20,2 mil empregos em termos homólogos, e 16,5 mil em cadeia – então temos isto:

  

Ou seja, sem estes 2 setores total ou predominantemente públicos, a economia teria perdido 15 mil empregos em variação homóloga e 18 mil empregos em cadeia. Onde está o "milagre"?

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