para a não natalidade e em força
passos encerrou o congresso do psd com o anúncio de que a natalidade vai ser uma das principais preocupações do governo a que preside e que até já convidou um tal de joaquim azevedo, da católica, para chefiar 'uma equipa multidisciplinar que, em três meses, prepare um plano de ação na área da natalidade'.
eu por acaso achava que este governo tinha um plano de acção nesta área, muito bem estudado. vejamos:
1. o apelo à emigração de centenas de milhar de jovens -- portanto no auge da idade reprodutiva -- para sairem da sua 'zona de conforto' e irem fazer bebés lá fora;
2. o aumento brutal do desemprego, sempre uma belíssima medida de desincentivo à natalidade;
3. a baixa generalizada dos salários, outra óptima medida para desincentivar a ideia de ter filhos;
4. a facilitação dos despedimentos, com a eliminação da proibição de despedimento por justa causa como objectivo inalienável -- a melhor forma de garatir a todos que fazer planos com base na estabilidade no trabalho e na remuneração é para esquecer;
6. diminuição do valor por criança no rendimento social de inserção;
7. o fim da escola a tempo inteiro devido a cortes orçamentais;
8. o fim do passe estudante para todas as famílias de rendimentos médios;
9. a ponderação de cortes nos benefícios fiscais de quem tem filhos deficientes;
mas, claro, passos não deixou que o ps aumentasse o leite com chocolate. e quando entrou em funções anunciou que todas as medidas iam ter 'visto familiar'. faz toda a diferença.

