post it higiénico
a criatura colunista do observador citada no post abaixo resolveu hoje, no blogue onde escreve e no meio do habitual chorrilho de elevações, negar um episódio público e publicado, chegando mesmo ao ponto de escrever (perdoem-me não lincar, é que infecta) que na sequência do mesmo teria sido eu a 'sair de fininho.'
percebo -- e antecipava, de resto -- o gesto desesperado. sabendo que há muita gente que se lembra do caso, aposta no desconhecimento dos que nunca dele ouviram falar e tenta limpar-se ante as suas tropas, prontas a acreditar em todas as aleivosidades do 'outro campo' e na pureza sem mácula dos 'seus'. mas sendo certo que escreveu o arrazoado após tentar livrar-se das provas (posts e comentários apagados à stalin, etc -- chato que a web não perdoa e guarda tudo) no seu então blogue, azar, ficou o seu pedido de desculpas aqui no jugular (que reproduzo abaixo) mais uns 81 comentários a debater o assunto.
como era já então mais que óbvio, pediu desculpas por aflição, conselho jurídico e medo, não por realmente reconhecer aquilo que lhe é de todo impossível pela absoluta deficiência de carácter. aplaude-se pois que exiba passados oito anos o esplendor de sonsice e cobardia com que então se quis fazer perdoar, mais a desfaçatez na mentira.
enfim. nem 20 mil idas a fátima limpam toda esta porcaria.
aqui fica, para a posteridade e para quem não tem paciência para abrir links:
Maria Marques 09.02.2008 22:57
Cara Fernanda, Hoje a meio da tarde (só escrevo agora por dificuldades operativas) passou-me a irritação de ontem e caí em mim e percebi o feio que foram estas minhas palavras de ameaça de revelar "coisas" sobre a FC. Peço-lhe desculpa e pode acreditar que estou profundamente envergonhada comigo por me ter saltado a tampa desta forma. Nunca fiz alusões à sua vida privada (de coisas soltas que a P. de vez em quando comenta quando falamos de vizinhos) e não o farei agora. Caso haja processo, serão levantadas as questões pertinentes à minha defesa nas instâncias próprias e não no Farmácia ou na comunicação social.
nota: a pessoa que em 2008 escreveu que um perfil feito por mim do então novo ministro da cultura josé antónio pinto ribeiro, fundado em opiniões - laudatórias, é certo -- de socráticos tão notórios como antónio barreto, francisco teixeira da mota, luisa schmidt e nuno artur silva fora encomendado pelo gabinete do então primeiro ministro; a pessoa que, por mim publicameente avisada sobre a existência de legislação sobre difamação, ameaçou revelar factos da minha intimidade para me demover de uma possível acção; a pessoa que a seguir, ante o público e generalizado repúdio que a sua conduta suscitou, retirou a primeira afirmação e pediu desculpas públicas pela ameaça; a pessoa que tentou assarapantadamente apagar a evidência de tudo isso, veio agora insinuar que lhe tentei pôr um processo e depois desisti -- insinuar, porque não se atreve sequer a afirmá-lo, escaldada que está com a possibilidade de ser chamada à responsabilidade pelas afirmações que faz.
creio ser evidente que se está perante um caso clínico, o que, não diminuindo o nojo, dá uns resquícios de pena.