Soylent Orange
Nunca mais morrem, velhos dum cabrão. As primeiras páginas dos jornais de hoje mostram bem como Portugal pode libertar-se da troika, mas nunca se libertará de algo muito pior, os pensionistas. São eles que obrigam os empresários dinâmicos, os exportadores-heróis, os trabalhadores-around 24 (incluindo aqueles a quem a ministra agradeceu ontem), o bom povo esforçado - que labuta todos os dias com a consciência cívica de estar a caminhar para o fim da dívida (à moda de Sísifo), a proteger as gerações futuras e a penitenciar-se de anos e anos de farra acima das suas possibilidades -, as forças vivas da nação e os jovens dinâmicos (incluindo o Maçães) a pagar e a suportar o vosso fardo. Inúteis da merda, que nunca mais batem a bota e que forçam o governo - que não o queria, não o esperava e nunca o pensou - a sobrecarregar de impostos as forças produtivas do país (incluindo o Maçães) para vos sustentar os carunchos, as patetadas, as bengalas, as tremuras e as fraldas com que vos incontinentais. Chegará o dia em que será um dever cívico de cada CL (Cidadão-Laranja) matar, pelo menos, um velho. Uma espécie de "iniciação da cidadania" e de contribuição patriótica para a sustentabilidade das finanças públicas e para a salubridade fiscal. Tenho esperança de que já não falte muito. Pelo sim, pelo não, tenho ali a "Pastoral" de Beethoven pronta para aqueles que quiserem adiantar serviço.