Quatro reflexões acerca da jóia do Índico
Faz hoje 500 anos: um punhado de portugueses, liderados por um capitão destemido e visionário, tomavam pela força das armas uma das grandes cidades portuárias da Ásia. Era o dia 10 de Agosto de 1511 e Afonso de Albuquerque e os seus homens acabavam de conquistar Malaca. A cidade iria perdurar 130 anos nas mãos dos portugueses, até ceder, após um cerco devastador, às armas holandesas, em Janeiro de 1641. Por esta altura, o grande empório era já uma pálida sombra do que fora durante séculos, e nunca mais readquiriu o seu antigo brilho. Não sou grande adepto de comemorações de glórias militares passadas, mas não é despropositado expor umas poucas de reflexões acerca da efeméride que hoje se assinala e que, suspeito, não fará manchetes de jornais nem abertura de noticiários.