What´s new?
«Ser de direita já não provoca confrangimento nem má consciência. Não significa necessariamente defender os privilegiados, ser socialmente insensível, retrógrado e reaccionário. Nem sequer o conservadorismo dos costumes. Ser de... direita já não é um sinal de inferioridade intelectual, nem de indiferença à injustiça, ódio à mudança, ou pertença às classes altas. Pelo menos é isto que acham os novos arautos da direita. Por ser de direita, já não perdemos os amigos. Já não nos caem os parentes na lama. E tudo isto é novo. A esquerda tem sido hegemónica nos media, na cultura» (Paulo Moura, Público, 15/06/2014)
Posso também ingenuamente fazer esta pergunta: o que há de novo?
O que há de novo, não é que os intelectuais de direita, embora sejam poucos, existam, mesmo se não são provavelmente aqueles - ou todos aqueles - que surgem neste artigo. O que há de novo é que, pelos vistos, tentem passar pelos pingos da chuva, aparentando não terem responsabilidades nenhumas - nem no empobrecimento do País, nem, já agora, na situação do Iraque.
O artigo do Público de hoje não deixa de ter uma pérola: «O Expresso contratou-me porque eu sou bom» (Henrique Raposo, o tal que veio "de baixo").
Mas - pergunto de novo - não tem sido evidente que a partir do 25 de Abril houve uma democratização social? Foi mesmo, com o Estado social e a democrqacia - sim a democracia política e social, o que de melhor houve nestes últimos 40 anos. Claro que assiste-se ao facto de alguns dos que lucraram, e bem, com essa democratização, agora não quererem que isso continue para futuras gerações (a não ser para as pessoas da sua família)