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Energia solar 50% mais barata


A primeira bateria solar da Bell em Americus, Geórgia.

 

O efeito fotovoltaico, a produção de electricidade por incidência de luz, foi observado em 1839 pelo físico francês que observou pela primeira vez o paramagnetismo do oxigénio líquido, Alexandre Edmond Becquerel. Becquerel conduzia experiências electroquímicas quando, por acaso, verificou que a exposição à luz de eléctrodos de platina ou de prata dava origem ao efeito fotovoltaico.

 

Energia, biocombustíveis e insustentabilidade laranja



Logo na sua prioridade máxima, a economia, podemos ler no programa do PSD um ponto 15 referente a energia. Este ponto, tirando as políticas energéticas do actual governo que prometem continuar (estas aparentemente não rasgam nem repudiam), é um conjunto vazio de propostas em que se debitam uma série de termos que estão no ouvido do eleitorado, alguns em sintaxes que me deixam perplexa, outros, como os biocombustíveis, que espero sinceramente sejam apenas buzz words lançadas inconsequentemente.

 

Tal como no resto do programa, parece-me no entanto que o PSD, por uma razão que não percebo nem vem inscrita em nenhum lado, considera que o facto de ser governo seria q.b. para que os cidadãos, e em particular as empresas privadas, alterassem drasticamente os comportamentos. Por isso, considera não ser necessário apresentar qualquer proposta nem linha de acção concretas num programa que assume que o futuro do país assenta exclusivamente na mão da iniciativa privada que, num passe de mágica, só porque o PSD é governo, vai fazer milagres por motu proprio.

 

Fumifugium Geota

As estimativas da evolução das necessidades energéticas globais e da fatia assegurada pelos combustíveis fósseis mais conservadoras deveriam ser suficientes para que todos percebessemos que as energias renováveis serão as próximas indústrias globais, ultrapassando muito provavelmente as tecnologias da informação daqui a alguns (poucos) anos. Ou seja, se não existem ainda respostas absolutas sobre o que será o novo paradigma energético, há a certeza que o actual, assente nos combustíveis fósseis, não chega para as encomendas.

 

Por todas estas razões e mais aquelas que o Gonçalo aponta, os países que mais investirem agora em fontes energéticas alternativas beneficiarão de uma vantagem estratégica no futuro próximo, facto a que os nossos dirigentes políticos deveriam estar muito sensíveis (e não há uma linha sobre energia nas políticas de «Verdade»...)

 

In Rasgo Veritas

No dia em que o Diário Económico desvenda alguns detalhes sobre o LEAF, o carro eléctrico da Nissan que rodará em breve com baterias made in Portugal, numa notícia aparentemente não relacionada dá-nos igualmente conta de um aviso da Agência Internacional de Energia. De acordo com o economista-chefe da AIE,  uma «catastrófica» crise energética pende sobre a retoma da economia mundial devido ao facto de estarmos a atingir o peak oil, isto é, a capacidade máxima de produção de petróleo.

 

A relação que encontro entre ambas as notícias pode ser encontrada num artigo de Paul Ames no Global Post, reproduzido pela Reuters,  intitulado «Has Portugal solved the electric car problem?» O artigo, que refere o grande investimento do governo Sócrates em energias alternativas, descreve igualmente o plano arrojado que pretende evitar que estes carros eléctricos sofram  o destino dos seus antecessores, descrito num documentário de 2006 - que conta a história da «morte» dos carros eléctricos nos Estados Unidos,  nomeadamente do General Motors EV1  (ou do Ford Ranger EV, ou do Honda EV Plus e do Toyota RAV4 EV). E o que matou o carro eléctrico foi a inexistência de uma rede de abastecimento de base eléctrica.

 

Economia do Conhecimento


N´ «O Voto da Ciência» afirmei que as tecnologias em energias renováveis serão as próximas indústrias globais, ultrapassando muito provavelmente as tecnologias da informação daqui a uns anos. O gráfico acima, que representa a evolução das estimativas das necessidades energéticas globais, explica esta afirmação já abordada em Agosto no «Energias alternativas e aquecimento global».

A necessidade de investimento na pesquisa de fontes energéticas alternativas é explicada também pelo facto de que, quaisquer que sejam os modelos de crescimento económico que se utilizem, é necessário para evitar recessões que a taxa de crescimento do progresso tecnológico, nomeadamente no sector energético, seja suficiente para contrabalançar os efeitos das restantes variáveis em equação. Assim, os países que mais investirem agora em investigação nesta área beneficiarão assim de uma vantagem estratégica no futuro próximo, facto a que os dirigentes europeus estão muito sensíveis.
 

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