Jornada: Como responder ao momento presente?
Jornada: Como responder ao momento presente?
Considerar o problema da faculdade de julgar como o mais premente de todos os
problemas e ousar julgar.
Hannah Arendt
Neste momento em que Portugal é sujeito a um processo de desmantelamento social, económico e cultural sem precedentes – pese embora tantas comparações, baseadas na premissa da “eterna repetição” – e cujas consequências não param de exceder as previsões dos responsáveis por esse desmantelamento, consideramos que os professores, investigadores, estudantes e funcionários da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e de outras Faculdades da Universidade Nova de Lisboa e de outras Universidades públicas, se devem fazer ouvir, ao mesmo tempo que lançamos o desafio àqueles que fora da Universidade se dedicam criticamente à observação e análise do estado de coisas actual, em muitos casos propondo soluções reais e inovadoras, e àqueles que têm a coragem de continuar a desenvolver a sua criatividade, para se juntarem a nós.
Gostaríamos de fazer nossas as palavras de Hannah Arendt em epígrafe, livremente tomadas da sua obra Eichmann em Jerusalém, e de agir em conformidade com a sua exigência num tempo em que:
– parece não haver alternativas;
– as escolhas políticas estão silenciadas ou são vilipendiadas.
Nesse sentido, anunciamos a realização de uma Jornada – cujo modelo é o do forum – que terá lugar no próximo dia 6 de Dezembro entre as 10h e as 14h, no Auditório 1 da FCSH.
Propomos uma discussão que evidencie o papel dos saberes e das actividades criativas como instrumentos de análise do momento presente, a fim de impedir que ele se possa tornar numa condenação eterna.
Com a presença do Reitor da UNL e do Director da FCSH
Algumas intervenções previstas: Teresa Beleza, André Freire, António Guerreiro, António Marques, Viriato Soromeno Marques, André Teodósio, Patrícia Vieira, Rui Vilar.
Irene Pimentel e Maria Filomena Molder
Lisboa, 27 de Novembro de 2012