«IMPERDOÁVEL» disse ele
«Há qualquer coisa de sórdido em imaginarmos a cena: algures, numa sala escondida da Assembleia da Républica, José Pacheco Pereira deleita-se lendo as transcrições das escutas aos casos "laterais" detectados no âmbito do processo "Face Oculta". Enquanto esperava pela anunciada companhia do deputado comunista João Oliveira, ele era o único entre todos os membros da CPI ao caso PT/TVI com tal privilégio - para o qual, aliás, se voluntariou com indesfarçável gula. De muitos outros poderíamos, talvez, presumir falta de consciência plena das consequências deste gesto. De Pacheco Pereira não. Ele sabe muito bem que acabou de atravessar uma linha na areia, para lá da qual se põe em causa o Estado de direito e de onde, provalvelmente, não há regresso»
Miguel Sousa Tavares, Expresso, Primeiro Caderno, pag 09, 22 de Maio de 2010
(imagem retirada da net)
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