No dia 6 de Janeiro, Paul Chambers estava preocupado com o encerramento do aeroporto, devido ao mau tempo que assolava a Inglaterra, donde planeava voar no dia 15 de Janeiro. Resolveu ventilar essa preocupação no Twitter de uma forma que considerou humorística:. "Robin Hood airport is closed. You've got a week and a bit to get your shit together, otherwise I'm blowing the airport sky high!!"
Aparentemente a polícia inglesa não achou muita piada ao tuite e, uma semana depois, Chambers foi detido, interrogado durante quase sete horas, preso mais uma hora e só depois libertado sob fiança. Agora aguarda, até 11 de Fevereiro, informação sobre se será acusado de conspiração para criar uma ameaça de bomba. Entretanto, os detectives que o interrogaram confiscaram-lhe o i-Phone, o portátil e o computador de casa. Chambers foi ainda suspenso do seu trabalho enquanto aguarda uma investigação interna e foi, alegadamente, banido para o resto da sua vda do aeroporto de Doncaster.
Depois de dois dias sem rede (auto-disciplina e não problemas de acesso) hoje, depois de pôr as leituras em dia, resolvi espreitar o Twitter para ver quais os assuntos mais falados. Entre eles encontrei a hashtag Jan Moir, que resolvi pesquisar.
Descobri imediatamente que a aparente popularidade da opinadora do Daily Mail se devia às piores razões. Jan Moir aproveitou a morte de Stephen Gately, tornado famoso primeiro com a Boyzone e depois com a sua saída pública do armário - um inédito para um membro de uma boys band -, para escrever um artigo pseudo-moralista e homofóbico que está prestes a bater todos os recordes de queixas à autoridade competente, a Press Complaints Commission (PCC). A spin doctor do Daily Mail resolveu dar largas à sua imaginação efabulando sobre as causas da morte da pop star, que recusou deverem-se a um problema genético, insinuando que a verdadeira causa da morte se encontrava «Under the carapace of glittering, hedonistic celebrity, the ooze of a very different and more dangerous lifestyle has seeped out for all to see».
Este estilo de vida muito diferente e perigoso, um sinónimo para Moir de homossexualidade, segundo a iluminada senhora «stikes a blow to the happy-ever-after myth of civil partnerships» esclarecendo imdiatamente que se referia às uniões de facto homossexuais: «Gay activists are always calling for tolerance and understanding about same-sex relationships, arguing that they are just the same as heterosexual marriages.»
Com a malta da jugular, como é sabido, já falo via circulares do Rato (chega e sobra). No demais: passei uns momentos a trocar mimosos insultos com o imberbe Jorge C, mas para isso já me chega a jugular; e umas discordâncias amistosas com a ATTeles (bonito perfil). Reeencontrei algumas pessoas (Lucy, cujos quadros, desde os tempos do afixe, continuam em lugar de destaque na minha sala - não tens um blog activo, moça?; Cat) que justificarão umas Direct Messages ou, porque não?, uns arcaicos emails.
Feitas as contas, podem continuar a seguir-me aqui.
E já percebi como é que aquela coisa funciona. É uma conversa nonsense entre o Paulo Querido e o Arcebispo de Cantuária, certo? Um pergunta uma coisa, o outro responde como se a pergunta tivesse sido outra e estivesse a falar com outro indivíduo. Às vezes aparecem outras pessoas. Ontem tentei falar com a João e com a Ana, mas não me passaram cartão - veio a fuckitall dizer-me para não me meter com as amigas dela. Muito divertido, acho que já estou viciado.
(Fui acossado por uma grande dúvida enquanto fazia este post. Sendo isto um blogue, devo linkar para o twiiter ou para o blogue dos referenciados? Tentei imaginar o que é que o Bruno Aleixo faria e decidi-me pelo link convencional, para evitar que o ninja me venha matar.)