Anatomia de um oligoqueta
Imagem, Ana Vidigal
Anelídeos pertencentes à classe Clitellata, subclasse Oligochaeta, cujos membros são caracterizados por exibirem segmentação interna e externa e por terem o corpo coberto por muco, os oligoquetas não têm espinal medula. A maioria destes vermes alimenta-se de detritos, embora alguns exibam comportamentos predatórios. Os oligoquetas são hermafroditas mas podem reproduzir-se de forma assexuada ou sexuada. Neste último caso, a reprodução ocorre por encontro de dois parceiros, ou antes, dos seus clitelos. O clitelo é um anel esbranquiçado formado pela produção exagerada de muco.
Estes vermes são produtores activos de estrume embora sejam mais conhecidos pela sua faceta de engodo para peixes sortidos. Para angariar iscos, são por vezes usados encantadores de minhocas, uma profissão desconhecida por muitos mas que pode mesmo assumir uma forma desportiva - e por cá se arrisca transformar em desporto nacional. De facto, embora em geral o encantamento de minhocas seja uma técnica em vias de extinção, sendo a maestria na arte transmitida ciosamente para garantir a sobrevivência, em alguns locais a atracção de vermes tem tal relevo mediático que os encantadores precisam obter uma licença para exercer a profissão.