Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Ao contrário do que poderia indicar o título não pretendo aqui dar soluções para sair da crise nem para explicá-la (quem sou eu?). Sobre explicações, apenas sei que ela se deve a muitos e diversoss factores, tal como qualquer grande facto social, político e económico.
Também não vou falar das eleições presidenciais, nas quais a minha decisão está tomada. Nesta entrada de 2011, vou-me referir sim a três argumentos ultimamente lançados que me parecem completamente errados e alguns até perigoso, para não falar de que também são patéticos.
Um excelente texto de Daniel Oliveira
«Para que fique claro: não tenho qualquer tipo de ilusão em relação a uma suposta neutralidade do Estado. Muito menos quando me refiro ao uso da violência. Quando um grupo de operários tenta impedir que o patrão leve as máquinas antes de lhe pagar as dívidas a polícia aparece para travar os operários, nunca para impedir o roubo das máquinas. A questão é outra: sem o monopólio da violência por parte do Estado seria melhor? Cada um de nós à solta seria mais justo? Pelo contrário: quem tem poder tem o poder de garantir para si o poder violento, com Estado ou sem ele, porque poder gera poder, incluindo o poder da violência. Em vez de polícias, milícias contra pobres e minorias ou seguranças privados. Em vez de exército, paramilitares e mercenários. Em vez dos tribunais, a Mafia e as suas próprias regras. Em vez de julgamentos, pelotões de fuzilamento. Alguém se chega à frente para defender que a alternativa é melhor do que o que temos?» (subl. meu)
«In modern times, we’ve seen mass rape as an element of warfare in Congo, Darfur, Bosnia, Rwanda, Liberia — but the lesson here in Liberia in West Africa is that even when the fighting ends, the rape continues. And that brings us to Jackie, a lovely 7-year-old with tight braids and watchful eyes.
Jackie is too young to remember the 14-year civil war in Liberia, from 1989 to 2003, when as many as three-fourths of women were raped.»
«After Wars, Mass Rapes Persist» é um artigo de Nicholas Kristof no New York Times a que cheguei a propósito do testemunho a uma comissão do Senado norte-americano de Eve Ensler, a autora da peça «Monólogos da vagina» e fundadora do V-Day, um movimento global para acabar com a violência contra mulheres e meninas.
Como já referimos repetidamente na Jugular, a França propôs às Nações Unidas uma declaração condenando a criminalização da homossexualidade.
«Exortamos os Estados para tomar todas as medidas necessárias, em particular legislativas ou administrativas, para garantir que a orientação ou identidade sexual não possam, em circunstância alguma, servir de base a acções penais, em particular execuções ou penas de prisão.»
A resolução já foi apoiada por 55 países, entre eles todos os europeus - com excepção, claro, do estado que nunca subscreveu uma resolução que reconheça que existem direitos dos homens, o Vaticano.
Rogério da Costa Pereira
Rui Herbon
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
The times they are a-changin’. Como sempre …
De facto vivemos tempos curiosos, onde supostament...
De acordo, muito bem escrito.
Temos de perguntar porque as autocracias estão ...
aaaaaaaaaaaaAcho que para o bem ou para o mal o po...